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28/11/2015

Fora de tópico | Lançamento "Der Einsame aus dem Westen"


A colecção de westerns-spaghetti da Explosive Media engrossou esta semana com o lançamento deste "Der Einsame aus dem Westen", internacionalmente conhecido como "A Man Called Sledge". Filme protagonizado pelo recentemente finado, James Garner. A edição tem formato DVD e blu-ray e apresenta o filme em inglês ou alemão, com legendas opcionais para os mesmos idiomas. Podem encomendá-lo aqui.

01/04/2014

Djurado (1966 / Realizador: Giovanni Narzisi)

Um forasteiro chega à cidade de Silvermine. Cavalga lentamente pela zona gringa mas sem que se perceba porquê, só pára ao chegar à aldeia mexicana, situada na periferia da cidade. Ao entrar no saloon local é rasteirado por dois gringos de maus fígados, e como se não bastasse do lado de dentro do saloon recebe uma saraivada de chumbo quente, que uma francesa jeitosa disfere. Não estamos perante um grande marco do cinema italiano, e assim sem perder muito tempo, rapidamente nos explicam a existência de uma querela entre a rapariga e o facínora local, Tuncan (Luis Induni). Tuncan para além de estar envolvido numa série de esquemas ilícitos pretende deitar as mãos aos terrenos da francesa - Barbara Donovan - onde hipoteticamente existirá um filão de ouro. E tenta por isso criar um clima de medo que afugente a freguesia do saloon mexicano. 


Inexplicavelmente o forasteiro - que se apresenta como Djurado mas também como "golden poker" - oferece os seus préstimos à garota e rapidamente encena uma cena de pancadaria com os pilantras de Tuncan. O cabecilha não gosta da brincadeira e responde ás provocações com um banho de sangue no rancho dos amigos de Barbara Donovan. Djurado, que demonstra igual habilidade com o baralho de cartas e com o colt, confronta então o malvado Tuncan num ... patético jogo de poker. Tristes ideias a desta gente meus amigos! E enfim, finalmente um xerife é destacado para a cidade e o forasteiro parte para outra. Para azar dele e sorte do agora sonâmbulo espectador, as coisas apimentam-se finalmente e o "golden poker" leva um enxerto de porrada a mando de Tuncan. Não contente, o safado engendra ainda um assalto ao banco da cidade de Dallas, em que convenientemente plantam provas que incriminem Djurado. 


A maior parte dos nossos leitores não se terão provavelmente cruzado nunca com este triste exemplar do western all´italiana, mas se reparem nos fotobustas com que ilustramos esta resenha, notarão algumas parecenças físicas entre este Dante Posani e o malogrado Giuliano Gemma. Razão que desconfio ter sido factor preponderante na sua contratação. Aliás até o pseudónimo usado pelo actor - Montgomery Clark - parece ter sido clonado do «pistolero nazionale» que como se sabe usava também na fase inicial da sua carreira o alias Montgomery Wood. 


Também a história do filme como se entende pelos quiçá demasiado extensos parágrafos anteriores, bebe descaradamente de alguns dos filmes protagonizados por Gemma. É a velha história de um pistoleiro bem intencionado que depois de tramado vai ter de correr a via sacra para se provar inocente. Coisa que vimos fazer muito melhor em "Adios Gringo", lançado um ano antes. Infelizmente para todos nós este "Djurado" é um exemplar bastante pobre, falhando na construção da trama, personagens e afins. Não almejando sequer ter uma fotografia razoável que o fizesse menos penoso ao olhar. E Giovanni Narzisi que chegou a trabalhar como câmara de Mario Bava só voltaria a sentar-se na cadeira de realizador onze anos depois. Sorte a nossa, que provavelmente nos livrámos de mais um quinhão de westerns manhosos!

16/07/2013

Bandas sonoras | "El desesperado" de Gianni Ferrio

É difícil dissociar-se de Morricone quando o tema é o western-spaghetti mas existem mais alguns maestros que não podemos olvidar. Gianni Ferrio é um desses senhores. À sua conta este italiano musicou mais de vinte westerns-spaghetti, incluindo clássicos como “Un dollaro bucato” ou “California” e outros menos badalados como este “El desesperado”, que revi recentemente com a minha esposa. Foi a segunda vez que vi o filme e a boa impressão que já tinha não só se manteve como até se elevou um pouco. Ela também gostou do filme mas o que nos deixou em uníssono completo foi mesmo o raio da trilha sonora que qual carraça se prende à orelha. Espero que por estes dias já tenham instalado o Spotify nos vossos computadores, é gratuito e permite-vos ouvir relíquias com esta…

15/03/2011

Bandas sonoras | "Tex e il signore degli abissi" de Gianni Ferrio

Sendo leitor assíduo e fã de TEX há muitos anos, fiquei pasmado quando vi pela primeira vez a adaptação ao cinema deste personagem da banda desenhada. Hoje, após tantos anos, ainda sinto a mesma magia cada vez que revejo o filme realizado por Duccio Tessari e interpretado pelo grande Giuliano Gemma! Contudo, se visualmente o filme era muito fiel aos livros, a música, à partida, era uma incógnita para mim. Pelos vistos, o compositor italiano Gianni Ferrio não acusou o peso da responsabilidade e presenteou-nos com uma partitura musical fabulosa!

Ao longo de 53 minutos, subdivididos em 23 faixas, temos registos para todos os gostos e que encaixam perfeitamente nas cenas. Com uma introdução melódica e leve, depressa chegamos a momentos que sugerem ao ouvinte acção, batalhas e tiroteios. Outros transportam-nos para lugares obscuros fantasmagóricos, acentuando ainda mais o elemento sobrenatural do filme. Os ritmos das tribos índias também marcam presença, com recurso a instrumentos de percussão e de sopro.

Resumindo e concluindo, estamos perante uma banda sonora de grande valor, da mesma forma que “Tex, o Pistoleiro” é um filme essencial para os fãs do ranger. Veredicto final de um humilde “Texiano”: Excelente música de um excelente filme! Se algum fanático de TEX não gostar destas 23 músicas só posso concluir uma de duas coisas: Ou está sob o efeito de substâncias manhosas ou é fraco do sentido!


06/09/2010

California (1977 / Realizador: Michele Lupo)


Nesta fase do cinema italiano, o ponto de saturação já tinha sido mais do que ultrapassado, no que toca às produções western. Este tipo de filmes surgia a conta-gotas porque os estúdios e os produtores já estavam virados para outros géneros mais rentáveis, nomeadamente os policiais, os “giallo” e o erotismo. Mesmo assim, dentro desta atmosfera crepuscular, surge este muito interessante western protagonizado por Giuliano Gemma (Il ritorno di Ringo, I giorni dell'ira), à data o astro maior dos actores italianos. Esta época revelava uma nova face do western europeu. Já não se assistia a cenas de mortes em massa ou tiroteios alucinantes! Agora tínhamos ritmos mais contemplativos, momentos mais íntimos e expressava-se abertamente o estado de alma dos personagens.


A Guerra Civil Americana terminou e os soldados derrotados têm a difícil tarefa de regressar a casa, submetendo-se às novas leis da União. Entre eles está Michael Random “Califórnia” (Giuliano Gemma), um tipo fechado e misterioso, o que não o impede que fazer amizade com o jovem soldado sulista Willy Preston (Miguel Bosé). Durante a viagem de regresso, Willy é barbaramente assassinado após uma estúpida rixa! “Califórnia” dirige-se à casa da família do seu amigo para informar o triste fim que teve! A angustiada família Preston acolhe-o, para se dedicar a uma nova vida de paz, tranquilidade e amor. Mas os negócios sujos do caçador de recompensas Rope Whitaker (Raimund Harmstorf) vão interferir na vida desta pacata família, culminando no rapto da filha do casal Preston! O choque é demasiado grande e “Califórnia” sabe que a única forma de resgatar a jovem é recorrer aos meios que ele tão bem conhece e que tentou evitar: a violência pura e dura!


O compositor Gianni Ferrio oferece-nos ao longo de todo o filme uma partitura musical muito sentimental e de grande talento. Aqui, o termo “crepuscular” não significa falta de qualidade. Significa sim uma outra maneira de ver a mesma coisa. Conclui-se portanto que Michele Lupo assinou um belo western que foge substancialmente ao habitual do subgénero. Foi um risco mas foi bem sucedido!


Trailer:

20/01/2010

Sentenza di morte (1968 / Realizador: Mario Lanfranchi)


Nos últimos tempos temos aqui abordado - quase em forma de ciclo cinematográfico - a personagem Django. Escreveu-se sobre o original de Sergio Corbucci, mas também sobre alguns dos filmes vulgarmente aceites como sequelas, com tempo ainda para uma breve abordagem a algumas adaptações livres. Uma outra variante em voga naqueles tempos consistiu na simples adição da palavra Django ao título promocional do filme. Vimos isto acontecer um pouco por todo o lado, mas foram esses doidos Alemães que levaram esta prática ao extremo. Sentenza di morte foi um desses filmes, lançado em terras bárbaras como “Django - Unbarmherzig wie die Sonne”, mas sem qualquer ligação com a personagem criada por Corbucci. Este foi curiosamente o único western-spaghetti filmado por Mario Lanfranchi, um sujeito cujas ligações artísticas com o teatro e a ópera proporcionaram uma narração diferente do habitual neste género cinematográfico, dividindo o filme numa espécie vingança em quatro actos e privilegiando os grandes diálogos às habituais cenas de tiroteio e pancadaria.

Robin Clarke protagonizaria já nos anos oitenta, o clássico sci-fi xunga "Inseminóide - O Planeta do Medo"

O Norte-americano Robin Clarke - numa aparição única no género - foi o escolhido para interpretar Cash (ou Django dependendo da edição), um tipo aparentemente alcoólico que vê o seu irmão ser abatido por quatro indivíduos, revoltando-se contra estes acaba também ele por ser alvejado. Movido pelo ódio, Cash resolve trocar o malte pela lactose, lançando então a sua vendetta pessoal sobre os assassinos do seu irmão – nada de novo, portanto! O primeiro a provar o chumbo de Cash será Diaz (Richard Conte), um ganancioso fazendeiro que propositadamente acabará perseguido na imensidão das terras desérticas que o rodeiam. Despachado o primeiro assassino, somos imediatamente colocados noutro cenário: cidade aparentemente pacata onde reencontramos Montero - interpretado pelo excelente Enrico Maria Salerno (Bandidos, Un treno per Durango). Montero, ávido jogador de poker é confrontado por Cash que depois de lhe ganhar todo o dinheiro no jogo lhe impõe uma derradeira partida: Terá agora de apostar aquilo que de mais valor possui, a sua própria vida!

Enrico Maria Salerno, um actor de mão cheia.

O terceiro confronto será com Baldwin (Adolfo Celi - os fãs da saga 007 talvez se lembrem dele em Thunderball ) um falso homem de fé que espalha o terror na população. Astuto, Baldwin captura e baleia Cash, mas por intervenção divina ou simplesmente grande imaginação humana, Cash utilizará a mesmíssima bala para lhe tirar a vida. Cena suficientemente bizarra para merecer ser vista! Para o grande acto final, Lanfranchi fez alinhar o Cubano Tomas Milian (La resa dei conti , Faccia a faccia, Vamos a matar, compañeros), aqui na pele de um albino com possíveis indícios de epilepsia e completamente obcecado por ouro e tudo aquilo que com dourado se pareça, loiras inclusive. Valendo-se disso Cash preparar-lhe-á uma armadilha mortal. Milian que também passou pelas escolas de artes desempenha aqui mais uma das suas habituais actuações teatrais - no limiar do exagero - mas que dentro do ambiente concebido por Lanfranchi não destoa por aí além.

Este não joga com o baralho todo.

Embora forasteiro nestas andanças dos spaghettis, Lanfranchi acaba por conceber um filme bastante aceitável, com um bom trabalho de fotografia e sobretudo com um grande elenco. Perde no entanto a oportunidade de conceber uma obra maior, muito devido às repentinas passagens entre actos, que mereciam ter ligações mais preenchidas. Apesar disso e sabendo à partida que este não é filme de topo, serve como excelente exemplo de como até um género tão básico como o western-spaghetti pode ser mostrado de uma forma original. 

O nosso herói sofre nas mãos do malvado Baldwin

O filme está disponível pela Koch Media, com áudio original Italiano e legendas em Inglês. Como é habitual nas edições desta editora Alemã, para além da excelente qualidade de imagem, podemos contar com alguns extras interessantes, incluindo entrevistas e comentário áudio pelo próprio Mario Lanfranchi. Recomendável!


17/08/2009

Tex e il Signore degli Abissi (1985 / Realizador: Duccio Tessari)


Desde 1987 que sou fã e coleccionador de TEX, banda desenhada italiana (fumetti) da autoria de Giovanni Luigi Bonelli. Deste modo, é óbvio que a passagem ao cinema do personagem era algo que não podia perder. Pessoalmente, este western-spaghetti, apesar de já ter sido produzido numa fase tardia (1985), é provavelmente o meu filme favorito do género. Para isso muito contribuiu o protagonista do filme, o actor Giuliano Gemma, que detém um lugar no topo das minhas preferências. 


Todos a estudar no laboratório de El Morisco.

O filme é uma adaptação fiel (note-se os diálogos e as roupas dos personagens, por exemplo) dos números 40, 41 e 42 de TEX (Editora Vecchi), no qual os rangers Tex Willer e Kit Carson, acompanhados pelo seu amigo índio navajo Jack Tigre, são destacados para investigar um carregamento de armas que foi roubado na fronteira entre os Estados Unidos e o México.

A aventura leva-os a diversos perigos, a tiroteios com renegados mexicanos e a uma tribo de índios fanáticos que possuem uma arma terrível e sobrenatural que consegue transformar os cadáveres das suas vítimas em pedra! Algumas das personagens principais da BD estão presentes no filme (Tex, Carson, Tigre, El Morisco e o seu criado Eusébio) e quem gosta de acção, aventuras, explosões, tiroteios e alguns elementos sobrenaturais irá gostar deste filme de Duccio Tessari


Tex e Tigre encurralados numa gruta!

O elenco, à excepção de Giuliano Gemma (Tex Willer) e William Berger (Kit Carson), que são presenças habituais em muitos westerns-spaghetti, é composto por ilustres desconhecidos tais como Carlo Mucari, Isabel Russinova, Flavio Bucci e Peter Berling. G.L. Bonelli tem um breve papel como feiticeiro e narrador da história. 

A ideia inicial deste filme era servir de episódio piloto que daria origem a uma série televisiva de TEX na televisão italiana (RAI) mas devido ao fraco sucesso nas bilheteiras o projecto foi cancelado. 


Os três protagonistas na sala do trono.

Este Tex, o Pistoleiro foi-me dado a conhecer em formato VHS no Clube de Vídeo Trinitá de Portalegre, e segundo consegui apurar, apenas há edições DVD oficiais na Itália e na Alemanha. Eu adquiri a versão italiana, que não tem extras e está apresentado no formato 4:3. Em suma, são cerca de 100 minutos de bom entretenimento, a um ritmo rápido e com um Giuliano Gemma em bom plano, que mostra em algumas sequências as suas habilidades de ginasta, além do manejo das armas de fogo.


Trailer

03/08/2009

¡Viva la muerte... tua! (1971 / Realizador: Duccio Tessari)


Mesmo sendo um grande adepto dos western spaghettis, sempre existiram alguns elementos no género que considero condicionantes para a minha satisfação total na apreciação da coisa, aqueles pormenores que me põem de pé atrás. Neste campo, e com largo avanço sobre os outros, surge a presença de veículos motorizados. No meu spaghetti ideal, seja o personagem um “bom”, “um mau” ou “um vilão”, este deve andar a cavalo. De comboio também é admissível, sobretudo se houver a intenção de o roubar! Obviamente que admito e entendo que quando estamos nos domínios dos chamados Zapata Westerns (designação a que normalmente se catalogam os filmes cuja acção decorre na revolução mexicana iniciada em 1910) a tecnologia estava já bem mais avançada e a presença de tais veículos é de todo justificável.

Mas esqueçamos os carros e motorizadas e falemos do filme. A acção deste ¡Viva la muerte... tua! (1971) como se entende pelo que referi atrás, decorre no meio da revolução mexicana, onde um ex-príncipe (confesso que ainda não percebi o termo) russo, Dimitri Vassilovich Orlowsky (Franco Nero), casualmente, toma conhecimento de um tesouro enterrado na região de Piedras Negras, pela boca de um mexicano moribundo. Para chegar ao ouro, o único que o pode ajudar é um tal Lozoya (Eli Wallach), um bandido mexicano que possui o mapa do tesouro. O problema é que Lozoya está encarcerado na prisão de Yuma, onde aguarda pela hora do seu enforcamento. Uma irritante jornalista irlandesa cheia de ideais radicais, Mary O'Donnel (Lynn Redgrave), irá intrometer-se e a história acaba por se desenrolar com muitas peripécias e momentos cómicos mais ou menos bem sacados. Refira-se que as colagens ao argumento de Il buono, il brutto, il cattivo (1966), são evidentes e a própria interpretação de Eli Wallach pouco se demarca do famoso “Tuco” - o que acaba por tirar muito do brilho ao resultado final.


A realização de Duccio Tessari (Una pistola per Ringo, Il ritorno di Ringo) é pouco inspirada, como aliás na generalidade dos seus westerns (perdoem-me fanáticos dos Ringos mas a mim nunca me convenceram verdadeiramente). Um elenco desta categoria implicaria à partida um produto superior. Pessoalmente, achei também a escolha das paisagens demasiado verdes para um filme supostamente passado no México. Embora pesem os muitos momentos cómicos para onde Duccio Tessari orientou o filme, a contagem de cadáveres até acaba por ser elevada - ou não estivéssemos em plena revolução mexicana - com um Franco Nero mais uma vez agarrado à metralhadora. No geral, diria que se trata de um filme mediano, com muita acção, aventura, e situações divertidas, mas certamente apenas recomendável a fanáticos do género.


O DVD que tive a oportunidade de ver, e assim poder aqui esboçar estes comentários, foi a edição espanhola da Filmax intitulada Viva la Muerte... Tuya, incluída na interessante “Colección Spaghetti Western” (que inclui por exemplo mais dois filmes com Franco Nero, Django e Tempo di massacro). A qualidade da imagem do DVD é decente, ainda que num formato 4:3 (2.35). Lamento apenas que por regra “nuestros hermanos” não disponibilizem outros idiomas ou legendas nos lançamentos que fazem. Contentemo-nos com o que há!


Trailer