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A desértica cidade de Silver Creek tem um novo visitante, um misterioso cavaleiro solitário cujas únicas posses parecem ser o seu cavalo, a sua arma e um cadáver que carrega. O nome do forasteiro é Glenn Garwin e o cadáver é do seu pai, um suposto fora-da-lei procurado na implacável cidade de Silver Creek.
Todavia, ao chegar à cidade descobre que o seu pai afinal não era criminoso nenhum, mas sim um empresário aldrabado pelo seu antigo sócio. Esta descoberta leva-o a ficar na cidade, vingar-lhe a morte e tentar reclamar a sua legítima herança.
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Acasos da vida: Um caçador de prémios cruza-se com o filho do homem que acabara de mandar para os anjinhos.
E assim estava dado o mote para a primeira apropriação não oficial da personagem Django, uma temática que daria azo nos anos seguintes a dezenas de sequelas sem qualquer ligação ao filme originalmente lançado por Sergio Corbucci.
Sem surpresas, o personagem interpretado por Glenn Saxon (nome artístico do holandês Roel Bos) tem muito pouco em comum com o lendário homem do caixão. A própria explicação dada para que lhe chamem Django é simplória: «É assim que sou conhecido no México».
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Duelo estiloso com as paisagens de Almeria em pano de fundo.
Glenn Saxon, actor holandês de sorriso maroto, aqui mais se compara aos habituais papeis de Giuliano Gemma do que o taciturno Django, popularizado por Franco Nero. E curiosamente há mesmo uma ligação entre este filme e o pistolero nazionale.
Ao que parece a produtora Fida Cinematografica tinha entregue o então projecto de “Per pochi dollari ancora” (em Portugal: “Gringo Não Perdoa”) ao realizador Alberto de Martino, a estrela do filme seria o bello Giuliano. Mas este, desconhecendo ou desmerecendo as qualidades de Martino, forçou a entrega da cadeira de realização a alguém da sua confiança: Giorgio Ferroni! Com quem já trabalhara no fundamental “Um Dólar Furado”.
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Não faltam beldades nesta pelicula.
A produtora para não deixar o pobre Alberto na mão, e visto que ele até se tinha safado na colaboração anterior entre as duas partes, “100.000 Dólares por Ringo”, entregou-lhe então este “Django Atira Primeiro”. Ficando a segunda unidade desses dois filmes da Fida ao comando do emergente Enzo G. Castellari. Ele que teria de remendar outro pseudo Django nesse mesmo ano, o frenético: “Poucos Dólares para Django”.
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