O primeiro projeto cinematográfico de Mario Pinzauti chamava-se “Interpol Morte ao Molo 18”. Já alguém ouviu falar? Não? Também não faz mal porque o filme nunca foi terminado. Na segunda metade dos anos 1970, o cinema europeu estava repleto de pessoal descascado. O erotismo era o novo filão a explorar. O western-spaghetti já quase não existia e a sua certidão de óbito, muito brevemente, ia ser assinada. Entre estes dois géneros cinematográficos (erótico e western) surge Mario Pinzauti que, no Ano da Graça de 1976, dirige “Mandinga”.
Ponham-se mansos ou corro tudo à chicotada!
O enredo do filme situa-se no século XIX no estado americano da Louisiana. Um poderoso proprietário de terras mantém o seu património graças ao trabalho de muitos escravos negros. Rhonda, a prima da defunta esposa do “big boss”, chega à fazenda para ajudar a gerir o negócio de família. Rhonda é esperta que nem um alho, anda constantemente com a pachacha aos pulos e tudo lhe serve para acalmar o tesão! Seja branco, seja preto, seja “cor-de-burro-a-fugir”, seja homem, seja mulher, vai tudo de empreitada porque ela é uma autêntica máquina de enfardar carne e de debulhar maçarocas.
Esta mulher está louca de tesão!
O pessoal masculino aproveita para esvaziar o garrafão (ou despejar a bisnaga, se preferirem), a moça fica consolada e o ambiente na plantação parece mais desanuviado. Só que no meio desta história há invejas, traições, alguns cornudos e, naturalmente, racismo. O desfecho será trágico porque esta mania de foder à força toda sem pensar nas consequências não é tão aconselhável como parece. As cenas de sexo deste filme não estão na linha do porno nem do tão-famoso “hardcore 1.º escalão”. Trata-se de cenas eróticas, com muito roça-roça e muito esfreganço (as comichões dão nisto!). O ambiente western é claramente uma desculpa porque já se percebeu que o filme tem mais elementos eróticos do que elementos western.
Tortura!
Fica ao critério e à responsabilidade de cada um ver este registo “underground”. Mas posso assegurar que ninguém corre o risco de ficar com um rego do cu colado à cara ou de levar com uma picha na cabeça!
Esta mulher é fogo!
“Post Scriptum”: Mario Pinzauti realizou um western que (ainda hoje) ninguém sabe onde anda! Se, algum dia, alguém souber onde está, é favor informar este blogue porque nós queremo-lo! A saber:
VAMOS A MATAR SARTANA (1971), também conhecido por DEMASIADOS MUERTOS PARA TEX.
Até tenho medo...
ResponderEliminarCreio que este filme foi totalmente rodado em Itália. Um dos locais que se vê é a famosa Villa Mussolini, nos arredores de Roma, que foi palco de inúmeros westerns-spaghetti.
ResponderEliminarPara quem quiser ver este filme, eis o link disponível para download:
https://rarelust.com/mandinga-1976/#more-18210
Sobre esse filme desaparecido, "Vamos a matar Sartana", há relatos curiosos. O produtor era um tipo chamado Marco Claudio. Tudo corria bem até ao dia em que já não havia dinheiro para ninguém.
ResponderEliminarConsta que esse tal Marco Claudio desapareceu e, para terminar o filme, o ator George Martin chegou-se à frente com
o dinheiro. Aí sim, o filme foi terminado (não é claro se o realizador Pinzauti ficou até ao fim).
Aparentemente, George Martin (hoje tem 83 anos e vive em Miami) tem uma cópia de "Vamos a matar Sartana" em seu poder.
O "big boss" da Wild East, Eric Maché, anda atrás dele há já algum tempo a tentar convencê-lo a ceder os direitos dessa cópia, para assim publicar o filme em DVD. Infelizmente, até à data, ainda não houve fumo branco.
Provavelmente o filme até é uma porcaria mas a dificuldade de o encontrar aumenta-lhe o interesse. No dia em que ele andar na praça publica já devemos estar velhinhos, mas sei que andam por aí versões que disso me apercebi numas conversas no fórum do SWDB.
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