Não acredito no amor à primeira vista mas com este filme foi quase isso! Foi o meu amigo Pedro Pereira que me facultou este excelente western e apenas precisei de três visualizações para concluir o seguinte: na primeira vez fiquei com a pulga atrás da orelha, na segunda vez classifiquei o filme de muito bom e na terceira vez constatei que corresponde sem dúvida ao meu ideal de western e consequentemente fará parte da minha exigente e restrita colecção de DVD. O tema é novamente a vingança e normalmente todo esse processo é acompanhado de violência, ódio, ganância e morte. Aqui não é excepção. Se acrescentarmos tudo isso num ambiente lúgubre, tanto melhor!
Um Klaus Kinski estranhamente contemplativo!
Após 10 anos de pena de prisão com trabalhos esforçados, o tenente Gary Hamilton (Klaus Kinski) é amnistiado. Uma vez que a sua condenação foi injusta, porque foi vítima de uma hábil conspiração, apenas tem uma coisa em mente agora que é um homem livre: tratar da saúde aos conspiradores! Com o pouco dinheiro que lhe resta compra um cavalo e uma espingarda e dirige-se à cidade onde os seus inimigos vivem à grande e à francesa!
Vende-me esta espingarda!
Estando cientes da chegada de Hamilton, o líder Acombar e os seus lacaios fazem uma espera à entrada da cidade para liquidar o protagonista. Contudo, uma forte tempestade cai sobre a cidade, dificultando a tarefa dos meliantes. Tudo acontece ao longo dessa terrível noite, com Hamilton a movimentar-se furtivamente pelos subterrâneos da cidade. Ao alvorecer, a sede de vingança é finalmente saciada!
Hamilton sempre alerta!
Antonio Margheriti (Joko invoca Dio... e muori), que assinou sob o pseudónimo Anthony Dawson, é um cineasta ligado aos filmes de terror e conseguiu fazer uma ponte perfeita entre dois géneros cinematográficos. E dio disse a Caino é um sinistro western sobrenatural, confinado a um espaço fechado e claustrofóbico e com uma mão cheia de mortes arrepiantes (enforcar um homem na corda de um sino, esmagar outro sob esse mesmo sino, etc.). A interessante partitura musical de Carlo Savina realça ainda mais o ambiente do filme. Klaus Kinski lidera o elenco de forma sólida, fugindo aos habituais papéis de vilão. Temos também a presença de Peter Carlsten, Marcella Michelangeli e Antonio Cantafora.
Acombar faz tiro ao alvo.
A mí es una película que me gustó mucho sobre todo por la originalidad de mezclar una atmósfera más propia del cine gótico con un spaghetti. Y eso que la versión editada en España por Jennymar es una auténtica chapuza que no respeta el formato original y cuenta con una imagen defectuosa.
ResponderEliminarQuando vi este filme há alguns anos atrás, reagi mais ou menos como o amigo Emanuel e surpreendeu-me sobretudo todo esta atmosfera gótica e lúgubre como tão bem dizem os amigos Emanuel e Jesús e este filme é a prova provada de que um argumento simples e um orçamento baixo podem ser sinónimo de qualidade. Aliás, Antonio Margheriti, o realizador, já nos tinha brindado com este tipo de atmosfera noutro excelente western, na minha opinião, já editado em Portugal JOKO INVOCA DIO... E MUORI (DUELO ENTRE GIGANTES).
ResponderEliminarNo entanto, o que me surpreendeu mais neste filme foi a interpretação de Klaus kinski, muito contida e muito sóbria, coisa pouco vista neste actor, que apesar de não ser dos meus preferidos, reconheço-o uma competência muito acima da média.
Resumindo, mais uma pérola do género a descobrir ou a redescobrir.
Título em Portugal:
DIREITO DE VINGANÇA
Sem dúvida, uma das melhores misturas entre horror e western! E o Kinski está sensacional!
ResponderEliminarGrande abraço!
Obra maestra. No en vano Margheriti es uno de los grandes directores de la escuéla gótica italiana.
ResponderEliminarInolvidable toda la película y sobrenatural Kinski.
Todos de acordo, é um grande filme. Fico feliz de poder ter mostrado tal obra ao meu amigo Emanuel. Pena que o título não esteja disponível em Portugal à imagem de "Joko...".
ResponderEliminarReparei no entanto que saiu recentemente em Espanha, vi-o de relance no El Corte Inglés de Badajoz, mas como tenho a versão em Inglês do Franco Cleef não comprei.
@ António,
Obrigado pela informação sobre o título português. Existirá alguma base de dados nacional onde se possam consultar os títulos atribuídos por cá?
Amigo Pedro, infelizmente não há nenhuma base de dados nacional, sei muitos dos títulos através de pesquisas que faço em jornais antigos, é um dos meus passatempos preferidos, pesquisar jornais antigos...
ResponderEliminarÉ realmente uma pena, mas apesar de não existir tal base de dados é bom saber que alguém têm pesquisado e compilado essa informação. Muito obrigado!
ResponderEliminaresse eu nunca mais assisti, um dia desses vou rever.
ResponderEliminarPois é, compañeros! O amigo António é aquela máquina, uma vez que nos fornece informação muito interessante! Por acaso há algumas semanas interroguei-me de qual seria o título deste filme em Portugal... agora já sabemos!
ResponderEliminarO filme não é por acaso que consta no meu top 10... é um óptimo exemplo de qualidade sem grandes custos, tal como foi apontado pelo António!
Sócio Pedro, o facto do filme não estar editado em DVD em Portugal é coisa a que já estamos habituados! Filmes de qualidade, sobretudo westerns-spaghetti, é quase uma nulidade!
o dvd lançado no brasil pela ocean tem uma excelente quelidade
ResponderEliminarInfelizmente a Ocean não parece muito interessada em exportar o seu catálogo. Uma idiotice dadas as ligações culturais e linguísticas entre Portugal e Brasil!
ResponderEliminarSergio Leone não gostava quando diziam que ele era o pai do western spaghetti. Reclamando dizia "quantos filhos da puta deixei por aí". Não é caso de Antonio Margheriti diretor deste faroeste. No entanto, apesar da presença do grande ator alemão Klaus Kinski e do bom elenco de coadjuvantes, este não está na relação dos meus preferidos. Nota 6.
ResponderEliminarEdit: As imagens do post foram actualizadas devido a problemas com o servidor de alojamento original.
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