Este é o filme ideal para quem gosta da fusão de western-spaghetti, “giallo”, gótico e investigação criminal. Quem gosta de Gianni Garko e Klaus Kinski também deve ver este filme. Estamos perante um filme pouco conhecido que tem pouco tiroteio, tem um ritmo mais pausado e gira em torno de uma história de homicídio, sexo, roubo, traição e hipocrisia. Uma certa noite, numa pacata cidade do Oeste, onde os seu habitantes se orgulham do seu modo de vida aparentemente exemplar e sem mácula, acontece um inesperado assalto ao saloon, do qual resulta dois mortos e um ferido. Antes de iniciar uma investigação séria, o xerife deixa-se influenciar pelos cidadãos e manda prender Chester Conway (Klaus Kinski), conhecido rufião e malandro de primeira categoria.
Este nega todas as acusações, insiste na sua inocência e diz ter um álibi. O advogado Jeff Plummer, agora desacreditado devido ao alcoolismo, presta-se a defender o réu na barra do tribunal. A audiência não passa de uma farsa e Conway é condenado à morte, apesar do testemunho abonatório de Polly (Gely Genka), a gerente do saloon / bordel. A sentença será executada brevemente e o advogado Plummer sabe que tem muito pouco tempo para provar a inocência do seu cliente. Para isso pede ajuda a Silver (Gianni Garko), um homem perspicaz cheio de recursos e amigo de longa data.
No pouco tempo que dispõe, Silver corre por toda a cidade, investiga tudo e todos e depara-se com um ambiente de desconfiança, com cidadãos influentes a viver de aparências, a apregoar um fanatismo religioso e a defender um puritanismo bacoco e cínico! Cada vez que Silver parece estar mais próximo da verdade, um misterioso assassino consegue sempre eliminar eventuais testemunhas ou provas! O tempo passa e Chester Conway vê o seu pescoço cada vez mais perto da forca. Será que Silver o vai safar?
“O Preço do Ódio” (título em Portugal) é um filme interessante, com um orçamento curto, e que em certos momentos é muito semelhante ao bem conhecido cinema gótico italiano. A primeira vez que vi este western-spaghetti atípico foi há muitos anos em VHS. Confesso que naquela altura não me deixou deslumbrado mas reconheci-lhe algum valor. Hoje dou-lhe muito mais valor.
Há uma história curiosa sobre este filme: Segundo parece, este foi o primeiro western-spaghetti a incluir cenas de sexo hardcore! No entanto, essas cenas nunca foram incluídas na versão final mas nenhuma delas envolviam os atores principais. Quereria o realizador provocar o público através da nudez e do sexo explícito? Seria esta a nova fórmula dos westerns italianos dos anos 70? Provavelmente nunca saberemos… Mas as insinuações de cariz sexual são bem claras ao longo de todo o filme.
Anda cá, que já te trato da saúde!
O detetive Silver a tabaquear.
No pouco tempo que dispõe, Silver corre por toda a cidade, investiga tudo e todos e depara-se com um ambiente de desconfiança, com cidadãos influentes a viver de aparências, a apregoar um fanatismo religioso e a defender um puritanismo bacoco e cínico! Cada vez que Silver parece estar mais próximo da verdade, um misterioso assassino consegue sempre eliminar eventuais testemunhas ou provas! O tempo passa e Chester Conway vê o seu pescoço cada vez mais perto da forca. Será que Silver o vai safar?
Kinski no hotel da barra cinzenta!
“O Preço do Ódio” (título em Portugal) é um filme interessante, com um orçamento curto, e que em certos momentos é muito semelhante ao bem conhecido cinema gótico italiano. A primeira vez que vi este western-spaghetti atípico foi há muitos anos em VHS. Confesso que naquela altura não me deixou deslumbrado mas reconheci-lhe algum valor. Hoje dou-lhe muito mais valor.
VHS sueca. Fonte
Há uma história curiosa sobre este filme: Segundo parece, este foi o primeiro western-spaghetti a incluir cenas de sexo hardcore! No entanto, essas cenas nunca foram incluídas na versão final mas nenhuma delas envolviam os atores principais. Quereria o realizador provocar o público através da nudez e do sexo explícito? Seria esta a nova fórmula dos westerns italianos dos anos 70? Provavelmente nunca saberemos… Mas as insinuações de cariz sexual são bem claras ao longo de todo o filme.
muita gente diz que esse filme é uma especie de continuação de Killer calibro 32 (1967) com Peter Lee Lawrence.
ResponderEliminarTrata-se de uma continuação mais ou menos coerente. O personagem do filme original já tinha uns tiques à Sartana, daí a entrada de Gianni Garko para a jaqueta de Silver parecer bastante lógica. Para além deste pormenor, lembro que Gicca Palli foi argumentista desse filme predecessor.
EliminarEu gosto do cinema gialli embora não seja grande conhecedor do género. Destes dois westerns-giallo prefiro KILLER CALIBRE 32, que é mais leve e portanto mais fácil de seguir. Porém a presença de Kinski neste ponto final da saga é um trunfo de grande valor. Apesar de o personagem de Kinski passar o filme todo na cadeia eleva o nível do filme, mais uma grande actuação no meio de tanto actor ruim.
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Pedro Pereira
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Os únicos atores de relevo neste filme são apenas Klaus Kinski e Gianni Garko. Todos os outros são perfeitamente banais.
ResponderEliminarApesar de Kinski passar o filme todo na prisão aposto que a maioria do orçamento do filme foi para pagar os seus honorários.
A leitura do texto me trouxe a lembraça de Killer Calibre 32 também,que é o unico western investigativo que vi.Mas este tem acenos ao gótico também?ótimo,pois a fusão de western spaghetti e gótico geralmente rendem bons filmes.Tenho que ver este,que além do enredo interessante,ainda tem dois dos maiores heróis do western spaghetti:Klaus Kinski e Gianni Garko.Se tiver belas mulheres - como de praxe em todo epaghetti que se preze - em cenas de nudismo,melhor ainda!
ResponderEliminarFilme de pequeno orçamento de boa qualidade, mais uma vez a koch esmerou-se na edição desta pequena pérola (para que fique ciente, não trabalho nem tenho numa participação nos lucros da koch, LOL), filme que navega entre o western e o giallo, com um piscar de olhos aos filmes made in Hong Kong (hilariante a cena com o judoca japonês) e mantém este equilíbrio ao longo do filme, e além disso, tal como Sartana, pisca um olho aos filmes de James Bond, a sofisticação e possivelmente a casa mais requintada de todos os nossos (anti) heróis, o homem gosta do luxo.
ResponderEliminarChamava a atenção para um outro filme, apesar do protagonista não se chamar Silver, que acho ser um familiar chegado destes dois filmes: "Killer Adios" , título português "Uma Arma entre mil", também com Peter Lee Lawrence, que segue um puco a linha destes dois filmes.
Sim, eu também comprei o DVD da Koch e é muito bom. Além da qualidade de imagem ser perfeita contém ainda uma entrevista com o diretor de fotografia Franco Villa e com Gianni Garko. Este afirma que, apesar de Klaus Kinski ter reputação de ator de temperamento difícil, diz que com ele nunca teve o mínimo problema e que ambos respeitavam-se mutuamente.
ResponderEliminarLembrei-me de mais um western que segue este conceito à giallo, chama-se "La muerte llega arrastrándose". Um filme com Robert Woods e Nieves Navarro. Vi-o uma vez na companhia do meu pai. Ambos aprovámos.
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Pedro Pereira
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Esse filme com Robert Woods não conheço. Mas segundo o que pesquisei parece que nem sequer ainda está editado em DVD em lado nenhum.
ResponderEliminarHá uma edição em DVD (penso que bootleg) de uma companhia chamada miskatonik bastante razoável em widescreen não anamórfico em minglês e espanhol, o tiítulo em português é A MORTE CHEGA A ASSOBIAR...
ResponderEliminarO que tenho é um avi em espanhol, quase de certeza esse que o António refere. Vou-te arranjar isso Emanuel, acho que vais gostar.
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Pedro Pereira
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