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15/07/2019

Attento gringo, è tornato Sabata (1972 / Realizador: Alfonso Balcázar, Pedro Luis Ramírez)

Apesar do seu título internacional “Watch Out Gringo! Sabata Will Return”, esclareça-se já o leitor que estamos na presença de um filme órfão de qualquer relação com a trilogia originalmente lançada por Gianfranco Parolini. Além disso, como provavelmente também já vão imaginando, é uma produção a milhas da pomposidade das produções da saga Sabata. Ainda assim, o elenco é potente e para uma produção de setentas louve-se-lhe o enfoque naqueles clichês do western-spaghetti, ao invés de seguir como a maioria, pelo ritmo de paródia à Trintitá. A realização é assinada por Alfonso Balcázar e Pedro Luis Ramírez, mas  pelo que li, terá sido este último o único a tratar da direcção. Não me admiro que assim tenha acontecido, o sobrenome  Balcázar gozava de alguma fama e por isso é provável que o tenham aproveitado para capitalizar o produto. A parceria resultou num western mediano e claramente influenciado por “Il buono, il brutto, il cativo”, com direito a tantas traições que a certo ponto já dou por mim concentrado na porcaria do smartphone em vez da televisão. São os tempos modernos…

Um grupo de bandidos liderados pelo vil Luke Morgan (Daniel Martín), rouba uma caixa forte carregada de ouro e esmilham-se para o esconderijo com uma refém (a Rosalba Neri, espertos!), não vá o diabo tecê-las. Carrancho, por sua vez aproveita uma ocasião para dar sumiço ao ouro, escondendo-o num terreno onde se implantará uma igreja Mórmon. Está dado o mote para o enésimo jogo do gato e do rato, que entretanto se adensa com a inclusão de mais dois pistoleiros interessados no tema. 

Este gajo vai-se arrepender de salvar este trapaceiro da morte certa.

Apesar da considerável riqueza do elenco (George Martin, Vittorio Richelmy, Rosalba Neri, Daniel Martín, Luciano Rossi), o destaque total do filme vai para o gorducho Fernando Sancho, uma figura quase omnipresente no género (para o bem e para o mal), que curiosamente volta a interpretar uma personagem de nome Carrancho, anos depois de o ter feito noutra produção de Balcázar, apropriadamente lançada em Espanha como ''Viva Carrancho''. Mas não há ligação entre os dois filmes.

Hey gringo! Onde está a paella?

“Judas... ¡toma tus monedas!”, titulo de lançamento em Espanha, foi um dos últimos westerns assinados por Alfonso Balcázar (Clint el solitario, Los Pistoleros de Arizona, Sonora), que depois derivaria para outro género em alta rotação nos idos de setenta, as comédias eróticas!

03/04/2017

È tornato Sabata... hai chiuso un'altra volta (1971 / Realizador: Gianfranco Parolini)

O Major Sabata deixou a vida militar e agora trabalha num circo! Quando a sua companhia circense chega a uma pequena cidade do Texas, Sabata encontra o tenente Clyde, um tipo manhoso que, curiosamente, deve 5 000 dólares (dívida de jogo) ao seu ex-oficial superior. Sabata quer o seu dinheiro de volta mas Clyde está mais teso do que um carapau. Mas quem anda a nadar em dinheiro naquela cidade é Joe McIntock, um empresário irlandês cabecilha de um grupo de gorilas que ganham poder à conta de ameaças e da cobrança de impostos ridículos. E assim, durante 105 minutos, temos de um lado da barricada Sabata, Clyde, Bronco (um gordo barbudo que toca bombo nas ruas) e dois acrobatas vestidos à empregado de café. Do outro lado temos o irlandês ruivo e muito católico McIntock e os seus acólitos. Em território neutro estão várias mulheres bem boas sempre dispostas a mostrar as pernas e o rego das mamas!

Sabata e a sua infalível Derringer!

Este é o segundo filme do personagem “Sabata” (terceiro se contarmos com “Índio Black” de Yul Brynner) e, francamente, é o mais fraco do lote. O estilo do realizador Gianfranco Parolini (pseudónimo Frank Kramer) é mais do que notório, com os seus imprescindíveis acrobatas e artistas de circo. O compositor Marcello Giombini é o responsável por um registo musical bem alegre, aliás, quase marialva! Para fundamentar o que afirmo, eis o refrão da canção do filme: 

“If you want to get money 
If you want to get rich 
If you want a good life 
You got to be a son of a b….”

Propaganda francófona:

31/03/2015

Fora de tópico | Lançamento "Sabata kehrt zurück"


Este mês de Março a Explosive Media adiciona o terceiro e último capitulo da saga «Sabata» ao seu cardápio, "È tornato Sabata... hai chiuso un'altra volta". Será mais uma edição com a opção DVD e blu-ray, audio original italiano, inglês e alemão. 

05/03/2015

Fora de tópico | Lançamento "Adios Sabata"


A Explosive Media anuncia para meados de Março a edição de mais um filme da saga «Sabata», desta será o explosivo "Adios Sabata" a ver a luz do dia. Filme em como se sabe Lee Van Cleef foi substituído pelo careca Yul Brynner. Como é apanágio da editora, também esta edição aparecerá com a vertente DVD e blu-ray. A não perder!

18/03/2014

Indio Black, sai che ti dico: Sei un gran figlio di... (1970 / Realizador: Gianfranco Parolini)

México, 1867. O Imperador Maximiliano governa o país com mão de ferro. As suas tropas e os seus espiões controlam tudo e todos. Benito Juarez, o chefe da resistência, coloca em Ocaño a responsabilidade de recrutar o maior número possível de combatentes para ajudar a derrubar os inimigos mas poucos homens aceitam a missão. De seguida encontram-se com o famoso pistoleiro Sabata / Índio Black (Yul Brynner) e com o seu sócio Ballantine (Dean Reed). O grupo une forças e dirige-se para o quartel-general de Skimmel, o implacável oficial europeu que opera naquela zona, a fim de roubar o ouro do governo para financiar a revolução. A partir daqui temos muito tiroteio, explosões de fazer tremer a terra, porrada que até ferve e arriscadas acrobacias de fazer pele de galinha! Além dos carismáticos Yul Brynner e Dean Reed, o elenco é preenchido pelo barrigudo Pedro Sanchez, o ágil Sal Borgese, o gélido Gérard Herter e ainda uma breve aparição da belíssima Nieves Navarro.


Este filme suscita-me várias interrogações: o protagonista chama-se “Sabata” ou “Índio Black”? Este filme faz parte da “trilogia Sabata” ou apenas os dois filmes com Lee Van Cleef é que contam? Se Yul Brynner é definitivamente Sabata então porque é que Lee Van Cleef não foi o escolhido, já que no ano seguinte voltou a encarnar o personagem também sob a batuta de Parolini? Será que foi uma questão de dinheiro? Mas então Yul Brynner, um dos mais bem cotados atores daquela época, era mais barato do que Lee Van Cleef? Não creio. Assim se mantém um cisma que nunca foi devidamente explicado.


Talvez a ideia inicial fosse que Índio Black desse origem a uma nova sequela / trilogia mas como o sucesso de “Hei amico, c’è Sabata… hai chiuso!” no ano anterior foi grande a produção decidiu mudar o nome Índio Black para Sabata para lucrar mais alguns trocos, especialmente no mercado internacional. Não há dúvida que Índio Black e Sabata têm várias coisas em comum: ambos são excelentes atiradores, são motivados pelo dinheiro, têm um parceiro mexicano gordo e barbudo e beneficiam da espetacular destreza de acrobatas ciganos. Um deles até consegue lançar pequenas bolas explosivas com extraordinária precisão apenas com a ponta da bota! Imaginem a carreira que este tipo poderia ter tido no futebol de alta competição…

Mais alguns lobbys:



Trailer:

19/09/2013

Fora de tópico | Lançamento "Sabata"


Na última semana de Outubro o clássico de Gianfranco Parolini, "Ehi amico... c'è Sabata, hai chiuso!", conhecerá uma nova edição. Agora em formato blu-ray, ainda que o pacote traga também a versão em DVD. É mais uma edição da Explosive Media, chancelada pelo senhor Ulrich P. Bruckner.

01/03/2010

Ehi amico... c'è Sabata, hai chiuso! (1969 / Realizador: Gianfranco Parolini)

Eis o melhor “circus-western” (termo designado por Alex Cox) de Gianfranco Parolini, que costuma assinar sob o pseudónimo de Frank Kramer. Parolini foi o criador de duas personagens emblemáticas do universo dos westerns-spaghetti: Sartana e Sabata. Sinceramente, acho que não existem grandes diferenças entre ambos porque a atitude, a destreza no manejo das armas, as engenhocas e até o guarda-roupa parece ser o mesmo. Mas, pessoalmente, há algo que faz toda a diferença: Lee Van Cleef!

O grande Lee Van Cleef encarna o personagem Sabata.

Embora respeite e admire o trabalho de Gianni Garko como Sartana, só a presença de Van Cleef faz com que o filme valha a pena! Este filme representa provavelmente a consagração deste actor americano nos westerns italianos. Deu-se a conhecer em Por mais alguns dólares e desde então foi sempre a aviar! Descobri este western em inícios dos anos 90, quando a televisão generalista em Portugal ainda era alguma coisa de jeito e exibia bons filmes a horas decentes. Hoje, como toda a gente sabe, essa mesma televisão é um atestado de estupidez e piroseira!

A mortífera Derringer de Sabata.

Quanto ao filme, além do protagonista e da acção alucinante, houve algo mais que me marcou: um certo indivíduo que vestia umas calças com guizos, tocava banjo e esse mesmo instrumento musical escondia uma espingarda! Tudo isso era surpreendente para mim porque a minha infância tinha sido marcada essencialmente pelos westerns clássicos americanos à John Wayne. No entanto, nunca mais tive oportunidade de rever o filme, nem mesmo em VHS, e durante 15 anos caiu no esquecimento.

O piolhoso Garrincha.

Há alguns anos atrás, numa pesquisa na Internet, voltei a reencontrar Sabata e então pensei: “Tenho de ter este filme em DVD”! E assim foi! O enredo tem como pontapé de saída um assalto ao banco da cidade de Daugherty e Sabata envolve-se no assunto, distribuindo balázios aos seus adversários com a ajuda do mexicano Garrincha e do seu amigo acrobata. Enquanto isso surge Banjo, um vagabundo ganancioso que jogará dos dois lados da barricada.

Banjo e o seu precioso instrumento musical.

“Sabata” é um western repleto de acção, explosões, tiroteios e, claro está, acrobacias (imagem de marca dos filmes de Parolini). O elenco é liderado por Lee Van Cleef e apoiado por alguns suspeitos do costume nestas andanças: William Berger, Pedro Sanchez, Franco Ressell, Gianni Rizzo, Linda Veras e Robert Hundar. A cidade de Daugherty é o bem conhecido Elios Studio, na Cinecittà, Roma, mas muitas cenas foram filmadas no lindíssimo deserto espanhol de Almería.

Linda Veras bem boa!

Em suma, este western é o ideal para aqueles que querem acção do princípio ao fim sempre num ritmo rápido. Para mim, como sou um grande fã de Lee Van Cleef, o DVD já cá canta! Comprei a edição da MGM com várias opções áudio, sem legendas em português, sem extras e apresentado no formato widescreen 16:9 em 2.35:1.