Ontem estive quase a meter dia de folga na maratona SpagvemberFest. Mas acabei por ver o segundo filme dos três filmados simultaneamente por Zabalda. Em retrospectiva mais valia ter levado uma paulada na cabeça. Irra, que filme foleiro. Nem o Demofilo Fidani consegui fazer pior.
Como esperava, o elenco de “Plomo sobre Dallas” repete presença ainda que em papeis diferentes. Excepção de Guillermo Méndez que faz reprise no papel de xerife. Os paralelos entre esses dois filmes são enormes e até nomes de personagens e locais se reciclam. O que acho simplesmente inexplicável.
E se no filme anterior estava claro que os figurantes eram um problema, neste a coisa alastra ao elenco secundário. Até um actor respeitado como Luis Induni faz figura de palhaço no meio desta embrulhada.
Um jovem casal, Allan (Charles Quiney) e Peggy (Claudia Gravy), entram na cidade em busca de um juiz para que os case. No saloon da cidade conhecem o xerife local, que concorda em realizar o matrimónio. A festa dura pouco já que uns arruaceiros andam a dar toque de lume a todos os que fazem frente ás intenções do ferrovia.
Acção que os impulsionará a enredar numa série de assaltos em que invariavelmente têm sucesso apenas para na cena seguinte perderem os lucros. Possivelmente Zabalda terá visto o “Bonnie e Clyde” do Artur Penn e achou boa ideia fazer uma variante western.
Na entrevista que consegui ler no blog Mon nom est Personne, Zabalda descreve resumidamente o enredo do filme que na versão final pouco se encaixa no que descrevo acima. Acredito que o caminho do filme tenha sido trilhado dia-a-dia e para azar de todos nós, temos como resultado um filme péssimo. Cheio de infantilidades, erros de continuidade e cortes feitos a machado.
Isto em Itália foi lançado como “Adios Cjamango”, o que seria uma continuação do filme de Edoardo Mullargia, que não sendo brilhante, dá um bigode neste “Los rebeldes de Arizona”.
A razão diz-me que deveria dar uma trégua, e deixar o terceiro filme desta produção maldita para outro dia, mas algo me diz que vou mesmo arriscar em vê-lo ainda hoje. Amanhã vos direi.
Visto via YouTube, aqui.
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