Este filme é, na sua essência, um drama e não um western. A presença de gigantes como Franco Nero (Django, Keoma) ou Klaus Kinski (E Dio disse a Caino..., Il grande silenzio) levaram as distribuidoras a divulgar o filme sob o rótulo de western-spaghetti mas não é bem assim. José (Franco Nero), um humilde militar do exército espanhol, encontra Carmen (Tina Aumont), uma bela jovem cigana. Entre ambos inicia-se um complexo jogo amoroso que combina traição, sexo, ciúme, ganância, violência e homicídio.
A ciumenta relação que José mantém com Carmen leva-o a assassinar um oficial superior e a tornar-se foragido. A coisa complica-se ainda mais quando José e um grupo de ciganos capitaneados pelo implacável Garcia (Klaus Kinski) executam um assalto para roubar um valioso cofre cheio de ouro. O golpe corre mal, várias pessoas morrem e a tensão é cada vez maior! A única escapatória para os sobreviventes é fugir para o continente americano e começar uma nova vida. Mas os conflitos entre José e Carmen são cada vez mais acesos e a obsessão levá-los-á a um desfecho trágico!
A ação deste filme não acontece no oeste americano ou na fronteira mexicana. A ação acontece em Espanha, mais concretamente na Andaluzia dos finais do século XIX. Tendo em conta que o filme foi produzido em 1968 é perfeitamente normal que se tenha aproveitado o sucesso que os westerns europeus estavam a viver para “camuflar” este filme como sendo parte desse género cinematográfico.
“O Homem, o Orgulho e a Vingança” é um projeto simples, não entusiasma o espetador (excetuando talvez o duelo de facas entre Nero e Kinski) e creio até que o romance conflituoso entre os dois personagens principais se torna demasiado repetitivo. Em suma, conclui-se que não se trata de nada de extraordinário…
Mais algumas poses:
Trailer:
Este filme é uma adaptação da obra "Carmen", do escritor francês Prosper Mérimée, escrita no século XIX. Alguns anos mais tarde foi transformada numa ópera por George Bizet.
ResponderEliminarAluguei-o uma vez num videoclube de Portalegre. Também o levei para casa pensando que se tratava de um western mas afinal era outra coisa qualquer. Na época lembro-me de eu e o meu pai ter-mos ficado bastante decepcionados com o filme mas agora revi o trailer e não me pareceu tão ruim.
ResponderEliminarEncontrei o filme completo no youtube, dobrado em português inclusive:
http://www.youtube.com/watch?v=gkKBD64sdco
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Pedro Pereira
http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
http://destilo-odio.tumblr.com/
o problema deste filme é ser apresentado como um western spaghetti. É um drama razoável se for visto como drama. Vi-o no cinema muito novo, e claro, fiquei desiludido. revi-o há alguns anos atrás e já não desgostei, não senhor. Franco Nero, a bela Tina Aumont e o esquizofrénico Kinski fazem valer a pena pelo menos uma visualização. Adoro também o título do filme "O Homem, o Orgulho e a Vingança", só este título vendia um filme naquele tempo...
ResponderEliminarDantes não haviam os meios de comunicação que temos hoje. Os títulos tinham de ser fortes para andar no passa palavra...
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Pedro Pereira
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Esse filme foi lançado no Brasil por uma distribuidora de buteco sob o título impactante "Django não Perdoa... Mata", e me lembro de tê-lo assistido há muito, muito tempo. Aluguei-o, o assisti e não gostei... Odiei, para falar a verdade, justamente por não ser, de fato, um Western Spaguetti, como o título prometeu - aliás, "Django não Perdoa... Mata" é algo muito sugestivo.
ResponderEliminarAbração!!!
Coitado do Franco Nero, sempre a levar com o estigma de Django. Na Alemanha como é óbvio o filme também levou um titulo destes, "Mit Django kam der Tod", algo cque julgo poder traduzir em "Com Django chega a morte". Perdoem-me os nativos se falhei na interpretação, mas não é uma língua fácil.
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Pedro Pereira
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A primeira vez que vi este filme foi no início dos anos 1990 em VHS. Na época não gostei do filme porque como já foi aqui referido parecia um western-spaghetti e afinal era um drama.
ResponderEliminarUm dos trunfos deste filme são as belas paisagens quentes de Almería, mais concretamente o deserto de Tabernas.
tai um filme q posso dizer com todas as letras q é ruim, de western não tem quase nada, de drama romântico o filme beira ao insuportavel, Nero até se esforçou e teve uma ótima atuação, mas essa síndrome de corno torna o filme chato, acredito eu q foi um fracasso de bilheteria,justamente por terem vendido-o para um público errado.
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