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24/02/2016
10/05/2011
Cimitero senza croci (1969 / Realizador: Robert Hossein)

É desta forma que classifico este western que, no meio de centenas, representa uma lufada de ar fresco. Os tiroteios, a rapidez, as brigas e as explosões em dose industrial chegam a um certo ponto que já chateiam! Também é bom saborear algo mais melancólico. Também é bom relaxar e apreciar tanto o ritmo lento como os personagens taciturnos.
A história deste filme é sobre Manuel, um pistoleiro que vive num povoado abandonado, que tenta atacar o rico rancheiro Will Rogers após este ter linchado o seu melhor amigo, o marido da sua (ainda) amada Maria. Um enredo simples, quase sem diálogos, assente em planos longos, bonitas paisagens desérticas de cores quentes e apoiados por uma partitura musical muito melancólica da autoria de André Hossein, pai do realizador / protagonista. O ritmo lento que Robert Hossein quis impor no filme não foi casual. Tratou-se de uma forma que o francês arranjou para homenagear o seu amigo de longa data Sergio Leone. Além da dedicatória final “Robert Hossein dedica este filme ao amigo Sergio Leone”, a silenciosa cena do jantar foi dirigida pelo italiano.
Como foi referido anteriormente, não temos grandes nomes consagrados. Temos gente competente que cumpre na perfeição o seu papel: Robert Hossein, Michele Mercier, Lee Burton, Daniele Vargas, Angel Alvarez e Benito Stefanelli. Este filme atípico no subgénero ainda continua na obscuridade porque as edições DVD são quase inexistentes. Nesse capítulo prefiro ser otimista e espero que brevemente surja uma editora europeia corajosa que lance o DVD numa edição decente. Se assim for, quase de certeza que perderei o amor ao dinheiro! Até lá, vou apreciando estes 90 minutos de bom cinema no meu computador. Aqueles que puderem façam o mesmo…
Trailer:
04/11/2009
Django (1966 / Realizador: Sergio Corbucci)


O que há dentro do caixão?
“Django” define perfeitamente o que é o western-spaghetti: violência, crueldade, sadismo, vingança, ambição, abundância de símbolos religiosos (caixão, cruzes, cemitérios) e, naturalmente, muitos tiroteios e respectivos cadáveres. As paisagens lúgubres, a cidade de aspecto desolador, enlameado e fantasmagórico, as cores escuras falam mais alto e são o ponto de partida para um marco da história do cinema. O sucesso foi de tal forma gigantesco que deu origem a dezenas de outros filmes com o nome do protagonista mas nenhum deles chegou sequer aos seus calcanhares (o nome tem a ver com um músico de jazz europeu chamado Django Reinhardt).

Este ouro é meu!
O enredo é simples: Django chega a uma localidade praticamente deserta a arrastar um caixão e envolve-se no meio de um conflito entre mexicanos revolucionários liderados pelo General Hugo e os fanáticos sulistas da Ku Klux Klan do Major Jackson. O objectivo é enriquecer às custas dos mexicanos e vingar-se de Jackson, o culpado pela morte da sua mulher. Após muita violência e um elevado número de mortos, Django defronta o seu inimigo mortal no cemitério.

Django ficou com o focinho todo amassado!
Dito desta forma até parece um filme perfeitamente banal mas a maneira como este projecto foi concebido (cenários, armas e figurinos são da responsabilidade de Carlo Simi) foi magnífica. A fotografia de Enzo Barboni e a arrepiante música do argentino Luís Enriquez Bacalov são excelentes. O leque de actores, liderados por Franco Nero, que passou de desconhecido a super vedeta, é composto por Loredana Nusciak, José Bodalo, Eduardo Fajardo e Angel Alvarez.

Hoje temos orelha de porco para o jantar!
O sucesso desta obra-prima foi proporcional à polémica. A censura inglesa, por exemplo, baniu o filme até início dos anos 90 devido à excessiva violência (cortar uma orelha, esmagar mãos, chicotear mulheres) mas contra todos esses atritos “Django” resistiu e é hoje um filme de culto e obrigatório a todos os fãs do género. Hoje em dia é muito fácil comprar edições DVD deste filme em qualquer loja on-line excepto em Portugal, que é uma pobreza franciscana. Eu optei pela edição espanhola que tem boa qualidade de som e imagem (1.85:1). Não existem filmes perfeitos mas, na minha opinião, “Django” roça a perfeição.
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