10/11/2025

La muerte busca un hombre (1970 / Director: José Luis Merino) | SpagvemberFest 2025


Depois da overdose Zabalza, voltei às revisões. E ontem calhou rever este "O Caçador de Prémios", western realizado pelo madrileno José Luís Merino, que recordo, deu-nos uma bomboca chamada "A Justiça de Gringo". Não via este filme há mais de dez anos. Na época vi-o através de um DVD da editora espanhola Divisa, que comprei numa passagem por Badajoz. Coisa que me deve ter custado uns 5 paus. A imagem dessas edições nunca é espetacular mas na época havia muita carência de opções e o catálogo da editora permitiu-me alargar os horizontes no género sem ficar na penúria.

Desta vez não precisei sequer de levantar o rabo do sofá, foi só vasculhar as gravações da box e lá estava ele a chamar por mim. A imagem com que começa a introdução assustou-me mas depois a coisa muda para melhor. E nesta versão exibida na TV cabo nacional a dobragem é a italiana que difere num aspecto essencial: o nome do personagem interpretado por Carlos Quiney. Na versão espanhola era um genérico George Forsythe mas na italiana ele apelida-se Sartana. Ora, como seria de esperar, ele não tem nada a ver com o mítico Sartana da saga protagonizada pelo grande Gianni Garko.


Sartana, chamemos-lhe assim, tem junto da sua companheira um esquema prolífero. Nos saloons de mal fama deixam “escapar” a informação de que estão bem abotoados, o que incentiva os amigos do alheio a atacá-los quando se fazem à estrada. Não sabendo na armadilha em que se metem, são os meliantes que acabam chumbados por Sartana, que assim arrecada os prémios afixados sob as cabeças destes bandidos de má sorte.

Numa espécie de segunda parte do filme a acção fica mais centrada no enigmático personagem interpretado por Peter Lee Lawrence e num bando de drogados que escravizam uma tribo índia. Os problemas começam aqui. As índias mais sexys que o género já viu tem os pares masculinos menos verosímeis do western europeu (e daí talvez não, mas certamente uns dos piores).

Sem dúvida que Merino estava sem dinheiro para elevar a produção e as ideias estavam escassas. O vilão deste arco é por isso uma versão sem brilho do “el índio” (Por Mais Alguns Dólares). Curiosamente na ponta final do filme esse janado enverga um poncho de pele de jaguar, provavelmente o mesmo que Lang Jeffries usou um par de anos antes no tal "A Justiça de Gringo". 

Gostei da ponte entre os dois filmes e até admito que no geral ele conseguiu entreter-me. Não tivesse tantos bloopers descarados, até entraria noutro campeonato. Assim, fica-se pela Liga 3.

Visto via Star Movies.


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