23/05/2017

Sette pistole per un massacro (1967 / Realizador: Mario Caiano)

Esta é a história de Will Flaherty, um homem falsamente acusado pelo assalto a um banco e assassinato dos seus dois clérigos. Três anos passam e Will evade-se da prisão com o propósito de procurar os verdadeiros gatunos. Mas de regresso a Little Tucson tem tudo menos uma recepção calorosa e palavras de conforto. Porém, a sua estadia há-de se prolongar por aqueles lados, é que para azar dos seus patrícios, um bando de foras-da-lei ataca novamente o banco. Os larápios dão-se mal com o golpe e batem com o queixo no chão ao verificarem que o cofre está vazio, resolvem então sequestrar toda a população da cidade. Et voila, volte de face, e o enjeitado passa a ser a única hipótese de salvação para os habitantes da pequena cidade.

Craig Hill em apuros.

Este era o único western de Mario Caiano que ainda não tinha riscado da lista, e como já desconfiava é enfadonho de morte. Irritante sobretudo pelo uso e abuso de cenas de pancadaria em ambiente de saloon e demais cantarolices. Ao habitué, Craig Hill, coube o papel desse tal Will Flaherty, que diga-se, mais parece uma reprise medíocre da personagem de Giuliano Gemma em “Adios Gringo”. Aliás, o título internacional do filme – “Adios Hombre – parece ele mesmo um encosto premeditado ao filme de Giorgio Stegani, que como se sabe fez mossa nas bilheteiras poucos anos antes do lançamento deste.

Will Flaherty (Craig Hill) espreme a verdade de Luke (Piero Lulli)

Pessoalmente até tenho o senhor Hill no goto, muito por culpa do cunho que deixou em alguns dos seus primeiros westerns-spaghetti, sobretudo os “Lo vogilo morto”, “Per il gusto di uccidere” ou “Quindici forche per un assassino”. Mas é claro que a coisa aqui pia mais fininho. Ao contrário desses três exemplares, este “Sette pistole per un massacro”, é um filme em tudo rotineiro e sem essa bengala, o californiano nem aquece nem arrefece. Curiosamente é a vilanagem que ganha em quantidade e qualidade (Eduardo Fajardo, Piero Lulli, Roberto Camardiel, Nello Pazzafini). Mas enfim, está visto!

4 comentários:

  1. Eu posso estar enganado mas acho que o meu filme preferido de Mario Caiano é "Il Mio Nome è Shangai Joe". Parece-me que todos os seus outros registos são demasiadamente copiados dos modelos dos westerns americanos.
    Há alguns meses atrás revi o filme "Una Bara Per Lo Sceriffo", con Anthony Steffen, e mesmo assim fiquei com a mesma ideia!

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  2. Esse Shangai Joe é divertido. Pensando nele como crossover nonsence, até passa mas não é filme que me apeteça rever. Gostei do Treno per Durango e ainda me recordo do Ringo, il volto della vendetta, que deve ser sinal que gostei. Os outros são como dizes mais americanizados e por isso gosto menos.

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  3. Não me lembrava desse "Ringo, il Volto Della Vendetta". Sim, é provavelmente o melhor de Caiano.
    De realçar que Mario Caiano entrou no mundo do cinema através do seu pai, o produtor e realizador Carlo Caiano, o que permitiu que Mario fosse um dos primeiros a fazer westerns em Espanha.

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  4. Mario Caiano foi um de muitos realizadores que teve chatices com Klaus Kinski. Em finais dos anos 1980, no filme "Nosferatu a Venezia", Caiano teve uma enorme discussão com Kinski e abandonou o projeto logo no primeiro dia de trabalho!

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