Segundo dia, outra revisão. E outra que fui preguiçosamente repescar às gravações da TV box. Como habitual a imagem destas transmissões televisivas é bastante limpa e neste caso temos áudio em espanhol, que bem sei fazer o público nacional destilar ódio. Mas como bom raiano não me maça em absoluto. Aliás, continuarei a defender que a par do italiano é assim que estes filmes devem ser vistos.
Este "Yankee" é um filme que prima pela fotografia. Tem planos e iluminação de uma ousadia inaudita neste género. É igualmente um outlier na obra de Tinto Brass, o rei do cinema erótico italiano. Curiosamente, o filme ganhou notabilidade décadas depois do seu lançamento graças ao boom do DVD.
Um yankee cruza o Rio Grande apesar das muitas advertências que vai recebendo. Obviamente ignora-as. Não fosse ele um homem de "negócios" e a zona parece ter grande potencial lucrativo. O pistoleiro gringo está interessado no lote oferecido pelas cabeças do bando do Grande Concho e não perde tempo a misturar-se entre eles para assim os ir liquidando um a um. Onde é que eu já vi isto?!
Eu gosto muito da estética do filme e das personagens interpretadas pelo Philippe Leroy e pelo Adolfo Celi (o vilão de "007 - Operação Relâmpago") mas não posso deixar de lhe apontar problemas. O argumento cabula fortemente o seminal "Por Um Punhado de Dólares". Diz-se até que o Tinto Brass não era nada fã dessa ideia e terá tentado ajustar o texto. Mas a base deixada pelo Alfonso Balcázar e o Alberto Silvestri ficou bem vincada e as comparações são inevitáveis.
Os muitos problemas de produção levaram mesmo ao estúdio a contratar alguém para reeditar o filme o que levou Tinto Brass a processa-los e a ganhar o direito de remover o seu nome dos créditos de direção.
Leiam também a nossa resenha no arquivo do blog ou clicando aqui.
Visto via Star Movies.
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