Se juntarmos dois gigantes como Anthony Steffen (Django il bastardo, Un uomo chiamato Apocalisse Joe, etc.) e Fernando Sancho (Il ritorno di Ringo, 7 pistole per i MacGregor, etc.) num western o produto final só pode ser bom, certo? Errado! “Killer Kid” é um Zapata-Western fraco porque não basta só “sombreros” e discursos sobre revolução. É preciso muito mais e é preciso muito melhor! Mas com o sofrível realizador Leopoldo Savona a dirigir não se pode esperar mais. O enredo: O capitão Morrison, mais conhecido por Killer Kid, está detido no cárcere de um forte militar norte-americano. Como é habitual nestas circunstâncias o prisioneiro foge para o México, país que vive tempos de turbulência devido aos intensos movimentos revolucionários.
Não foram poucas as vezes que Anthony Steffen e Fernado Sancho contracenaram.
Kid mete-se no assunto, junta-se a El Santo, o líder da resistência, e oferece-lhe os seus serviços de pistoleiro na qualidade de mercenário. Após voltas e reviravoltas o enredo vai bater na mesma tecla, isto é, a já conhecida fórmula de “forasteiro envolve-se na revolução mexicana por dinheiro mas no final acaba por amar tanto a causa e os ideais de justiça e liberdade que luta como um herói até que se torna líder”!
Tempos difíceis para a revolução.
Fernando Sancho interpreta o seu habitual papel de mexicano gordo, extrovertido, que grita muito e esperneia para todos os lados. Anthony Steffen abandonou os papéis de vingador monossilábico e dedicou-se à causa política mexicana não com discursos pomposos e cheios de cagança mas sim com o seu habitual discurso: tiroteio e mais tiroteio até derreter o cano da arma!
Salvo erro, eu diria que este filme é um dos primeiros exemplares do género sobre a revolução mexicana. O primeiro terá sido QUIEN SABE? em 1966 e depois a cada ano que passava aumentava este tipo de temáticas nos westerns italianos. O ano de 1968 terá sido o auge muito por causa por eventos em Paris em maio de 1968, que influenciaram muitos cineastas em Itália.
Mas este não é grande espingarda. Talvez porque não comunga com aquele clima de combate social tão vincado que vimos no "Quien sabe?", "Tepepa" e afins.
Rapazito nascido e criado em Portalegre mas mudou-se para os ares de Alcochete na vida adulta. Ávido devorador de pernas de rã. Adepto dos Belenenses. Ouvinte de música com distorção e fã incondicional de westerns-spaghetti desde tenra idade!
Emanuel Neto
Nizorro que sempre viveu em Portalegre, cedo ganhou o gosto pelos westerns-spaghetti. Grande fã de Megadeth e heavy metal em geral, é também um compulsivo leitor que, entre vários tipos de literatura, nunca dispensa Tex e Zagor!
Salvo erro, eu diria que este filme é um dos primeiros exemplares do género sobre a revolução mexicana. O primeiro terá sido QUIEN SABE? em 1966 e depois a cada ano que passava aumentava este tipo de temáticas nos westerns italianos. O ano de 1968 terá sido o auge muito por causa por eventos em Paris em maio de 1968, que influenciaram muitos cineastas em Itália.
ResponderEliminarMas este não é grande espingarda. Talvez porque não comunga com aquele clima de combate social tão vincado que vimos no "Quien sabe?", "Tepepa" e afins.
EliminarEstou de acordo. Dir-se-ia que este filme é uma espécie de revolução mexicana feita às três pancadas.
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