O bando de Barnett sequestra a população de uma pequena cidade do Texas, e por lá aguardam a chegada de uma diligência que um passarinho lhes disse transportar um chorudo carregamento de ouro. Os larápios rapinam o lote e fogem para o seu esconderijo mas Doc Williams impulsionado pela população local decide seguir-lhes o rasto e claro está, encher-lhes o bandulho de chumbo quente. Este foi o último western realizado por Paolo Bianchini realizador que entusiasmou com o excelente "Lo voglio morto", em que um homem destroçado por uma tragédia pessoal acaba envolvido num golpe em plena guerra civil. A curta carreira do realizador no género não teve porém uma consistência de resultados, e para além do supracitado, o resto do seu material é bastante mais rotineiro.
Este "Ehi amigo... sei morto!" será mesmo o menos interessante de todos eles. O protagonismo do filme ficou entregue a Wayde Preston, um dos muitos actores americanos que se aventuraram por terras transalpinas durante a histeria do western-spaghetti. Infelizmente para ele, ao contrário do que aconteceu com a maioria dos seus conterrâneos, não lhe foram oferecidos grandes papéis, e à excepção da incursão em "Oggi a me... domani a te!" - em que se enturmou no gang de Bud Spencer e companhia - participou sobretudo em filmes que hoje fazem parte da longa lista de esquecidos.
Este aqui também não é grande espingarda e Preston transparece mesmo aquela ideia de ter sido pago à fala, acreditem quando vos digo que o homem nem mostra os dentes! Como comparsa, o pistoleiro silencioso tem a companhia de «El Loco», um vagabundo mexicano que ao bom estilo do do western all'italiana, ora lhe dá a mão, ora o trama. Marco Zuanelli que interpreta a personagem, tem aqui uma proeminência bem superior ao habitual, mas a sua personagem não é muito diferente do que nos habituámos a ver fazer Ignazio Spalla. Enfim, amigos, se já vão avançados nos «estudos» do western europeu, deiam-lhe uma olhada, mas se ainda estão naquela fase de descoberta da filmografia dos «três Sergios», então mais vale manter a distância!
Por acaso eu ainda não vi este filme mas pelo que li parece-me que será daqueles que basta ver uma vez e no dia seguinte já não nos lembramos de nada porque a qualidade é fraca.
ResponderEliminarAcho que depois daqueles 50 (talvez 60) euro-westerns principais, a qualidade se mantém neste nível do não aquece nem arrefece. Alguns filmes acabam por sobressair por terem aqueles pequenos pormenores (actuação, realização, cenários, enredo). Neste caso acho que o realizador estava já descrente do género e por falta de um actor carismático a coisa não vai muito mais longe.
EliminarFalta referir que o filme não goza de edições em DVD embora existam por aí uns DVDr algo obscuros. Podem no entanto encontra-lo para descarga em vários blogues. Deixo aqui um link de um desses sítios de má fama, sirvam-se!
ResponderEliminarhttp://www.ulozto.net/xneKV24M/ehi-amigo-sei-morto-it-avi
Mais uma vez a fórmula do pistoleiro taciturno foi aqui usada. E como se não bastasse podemos ver no poster deste filme Wayde Preston a disparar numa pose semelhante a Franco Nero em outros westerns italianos. Ou seja... nada de novo!
ResponderEliminarAndei a investigar e, segundo o livro "Any Gun Can Play" de Kevin Grant parece que o realizador Paolo Bianchini, após ter deixado de trabalhar no cinema, virou-se para a televisão e para a publicidade com sucesso e conseguiu ser nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNICEF.
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