18/02/2013

Fora de tópico | O regresso de “Django” aos cinemas portugueses

Mais de quarenta anos depois "Django" volta a ser anunciado numa sala de cinema portuguesa

Aproveitando a nova vaga de interesse que o western-spaghetti está a receber por estes dias (mais de quarenta anos após a sua fase dourada), o Espaço Nimas voltou este sábado a exibir num cinema nacional o “Django” original de Sergio Corbucci. E beneficiando da presença de Franco Nero em Portugal – onde filma “Cadências Obstinadas” – a organização conseguiu mesmo que o verdadeiro «Django» apresentasse o filme aos seus fãs portugueses. 

Em cerca de 30 minutos de conversa conduzida por Paulo Branco, o actor partilhou algumas curiosidades sobre o filme bem como o processo que o levou à recente colaboração com o bem-amado Quentin Tarantino. Curiosamente nunca respondendo claramente sobre o que realmente tinha achado do resultado final desse “Django Libertado”. Relatando no entanto algumas curiosidades sobre a ideia delirante que tentou impingir a Tarantino. Basicamente Nero representaria o pai de Jamie Foxx, mas que vá-se lá saber porquê não convenceu Tarantino. 

Franco Nero explica como a personagem mudou a sua vida

E porque as filmagens de “Cadências Obstinadas” continuavam pela noite dentro, não foi possível contar com muito mais do tempo do actor. O que de certa forma causou alguma decepção aos mais de 200 espectadores que lotaram o Espaço Nimas, que se viram assim sem hipótese cravar uns autógrafos e fotografias ao herói do western europeu. Sobre uma chuva de palmas o actor lá seguiu o seu caminho mas a noite continuou em grande, com a exibição do mítico filme na grande tela. 

Discutia-se qual seria a versão a exibir e para felicidade generalizada da equipa do POR UM PUNHADO DE EUROS, a escolha recaiu pela versão original em italiano. A maioria da audiência não seria desconhecedora do filme mas a julgar pela média de idades poucos o terão visto alguma vez neste formato. E até eu que sempre considerei que “Django” era uma obra algo sobrevalorizada pela crítica e fãs, tive de admitir que a obra de Corbucci ganha uma imponência avassaladora neste formato, que realça todos os pormenores ao olho e ouvido do espectador. 

O amigo José Ferreira (à direita) também aceitou o nosso desafio e engrossou a nossa equipa

O evento serviu também para que finalmente conhecêssemos pessoalmente o amigo e colaborador ocasional do blogue, Vitor Louçã (lembram-se da resenha de “Le goût de la violence”?), com quem eu até já troquei perto de um milhar de emails mas com quem nunca tinha tido a oportunidade de estar cara a cara. Inadmissível para uns tipos que até vivem em concelhos vizinhos. 

Saldo muito positivo portanto. Mas apesar desta bonita efeméride, é preciso aproveitá-la para recordar que Portugal é um dos poucos países europeus em que “Django” não está disponível em formato DVD ou Blu-ray. Do que é que estão à espera senhores editores?!

O Vitor Louçã (à esquerda) também fez um blitzkrieg até ao Nimas



6 comentários:

  1. Ohhh, qué bonito. Me hubiese gustado estar ahí y conoceros también en persona. A lo mejor algún día podemos reunirnos todos :)

    Habéis tenido mucha suerte de que Franco Nero estuviera allí, precisamente rodando, y que asistiera. Lástima lo de los autógrafos.

    Leí un artículo en Ciak (la revista de cine italiana) sobre "Django Unchained", pero fui tonta y no la compré. Nero comentaba cómo Tarantino pensó en él.

    Y yo lo vi en las fotos de la presentación del filme en Roma muy eufórico, muy feliz y abrazando a todos los actores. Creo que para él fue muy emotivo que le recordaran esa época de su vida, ese papel. Es normal...

    Bueno, os felicito otra vez por haber conseguido ir y ver la peli de Corbucci en gran pantalla y en VO, y os mando un gran abrazo.

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    1. Por cierto algún día nos encontraremos. El mundo es pequeño, muy pequeño. Quizás en Almeria... si Giuliano Gemma participar en uno de los próximos festivales no lo perdería y por cierto tu tampoco.

      Por cierto tendrá sido muy importante para Franco unir-se con una estrella del cine contemporáneo como es Tarantino. Nos informaba Franco que en Estados Unidos "Django" se estreno en 70 salas de cinema. Miraculoso que una película de 1966 tenga tal hype en 2013. Se esto es emotivo para nosotros aficionados imaginen como se tendrá crecido el ego de Franco!


      --
      Pedro Pereira

      http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
      http://destilo-odio.tumblr.com/

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  2. Foi sem dúvida uma noite inesquecíve, sem dúvida, tomara eu ter lá estado. Quem sabe se um dia também não teremos Giuliano Gemma num cinema perto de nós?

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  3. É verdade! Foi uma noite muito bem passada. Só foi pena os fãs não terem tido oportunidade de sacar uns autógrafos e tirar umas fotos com o Franco Nero.
    De resto, é realmente excelente ver um filme deste calibre no grande ecrã. Tem um impacto grandioso!

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  4. Ya sabía yo que Tarantino iba a relanzar el western spaghetti de alguna manera. Me alegro.

    Y sí, a ver si invitan a Giuliano a Almería y nos vemos todos allí. Sería genial. Y si no, ya habrá otras oportunidades :)

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    1. Não é uma ideia estapafurdia. Se Garko foi juri no ano passado porque não haveria Gemma de sê-lo neste...
      Era com certeza uma motivação extra para pegar na patroa e voltar a fazer os seiscentos e tal quilómetros até Almeria.

      --
      Pedro Pereira

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