Depois de fazer a sua própria adaptação da personagem Sartana, Roberto Mauri magicou a reinvenção de mais um dos heróis do western-spaghetti: Sabata! Sabata (aqui interpretado por Brad Harris) é incriminado pela morte de um fazendeiro. Uma série de falsos testemunhos garantem que o juiz o condene à forca, mas enquanto espera pela execução da sentença, um «amigo» cuja identidade não se revela, faz-lhe chegar um colt à cela, tornando a fuga possível. No processo, Sabata dispara superficialmente sobre o ajudante do xerife e põe-se em fuga, mas alguém se apressa a terminar o serviço que o fugitivo não acabou e o famoso pistoleiro passa então a ser procurado por dois assassinatos.
Sabata consegue manter-se a monte, mas a onda de assassinatos continua sobre aqueles que testemunharam contra ele, o que só exponencia a sua culpabilidade. Porém rapidamente se entende que tudo isto é marosca do vil caçador de recompensas Jim Sparrow (Vassili Karis), que guarda rancores para com Sabata desde que este lhe ficou com as terras, supostamente por um preço abaixo do seu valor real.
Com o rasto de morte deixado à volta de Sabata, Jim Sparrow consegue inflacionar o valor da cabeça do afamado pistoleiro, promovendo o confronto entre os dois apenas quando a recompensa atinge o valor que deseja aforrar. Um modus operandi não muito diferente daquele que se reconhece por exemplo na mui interessante personagem, Lanky Fellow, lançada por Tonino Valerii no seu filme de estreia: “Per il gusto di uccidere”. Estamos portanto novamente nos desígnios do pistoleiro em busca de vingança, mas desta vez com uma grande diferença pois é o mau da fita que a persegue e não o contrário!
Com o rasto de morte deixado à volta de Sabata, Jim Sparrow consegue inflacionar o valor da cabeça do afamado pistoleiro, promovendo o confronto entre os dois apenas quando a recompensa atinge o valor que deseja aforrar. Um modus operandi não muito diferente daquele que se reconhece por exemplo na mui interessante personagem, Lanky Fellow, lançada por Tonino Valerii no seu filme de estreia: “Per il gusto di uccidere”. Estamos portanto novamente nos desígnios do pistoleiro em busca de vingança, mas desta vez com uma grande diferença pois é o mau da fita que a persegue e não o contrário!
“Wanted Sabata” é mais uma daquelas produções de muito baixo orçamento filmadas integralmente em Itália, mas que apesar dos seus défices até esperneia bem entre produções mais abastadas. Mérito de um argumento decente – responsabilidade do próprio Mauri – mas sobretudo pela competência do actor grego Vassili Karis (I cinque della vendetta, Lo chiamavano King), que apesar de encabeçar o papel de vilão, rouba totalmente o protagonismo ao pouco expressivo Brad Harris (Arriva Durango, paga o muori, L'uomo venuto per uccidere). Um individuo de mui fraca expressividade mas ultra musculado, que transitara do cinema mitológico italiano para o qual estava claramente talhado.
Ambos os actores voltariam a ser estrelas dos westerns de Roberto Mauri mas seria Karis a arrecadar a posição de actor fetiche do realizador, protagonizando mais sete westerns com o mesmo. Incluindo a trilogia não oficial de «Spirito Santo» (uma personagem originalmente interpretada por Gianni Garko em mais uma das suas associações com Giuliano Carmineo).
“Wanted Sabata” tal como a esmagadora maioria dos spaghetti-westerns de Mauri, é desconhecido até para aqueles que seguem o género de perto. A maioria desses filmes ainda não conheceu sequer uma edição em formato DVD, sendo apenas possível vê-los através de VHS antigas ou – como acontece neste caso – graças a raras emissões nalguns canais televisivos europeus. Felizmente algumas almas caridosas têm-se dado ao trabalho de gravar essas emissões e disponibiliza-las online. Ainda assim não são coisas muito fáceis de encontrar…
Um filme que não acrescenta absolutamente nada de novo ao subgénero. De salientar que em 1970 já valia tudo para chamar o público e para isso apostava-se na inclusão de nomes carismáticos dos personagens, neste caso "Sabata".
ResponderEliminarNão acrescenta. Mas não é tão bera quanto esperava. Vou continuar na trilha deste Roberto Mauri, que me parece um homem de "mínimos olímpicos".
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Pedro Pereira
http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
http://destilo-odio.tumblr.com/
Visualmente eu o considero excelente,apresentando um virtuosismo digno de nota no manuseio da câmera, apesar do roteiro ser mediano,não acrescentando quase nada de novo. O melhor ator realmente é o Vassili Karis e o título bem que poderia ser outro. A pior coisa que existiu no spaghetti foi ficar copiando nomes de personagens de outros westerns,só para faturar na trilha do sucesso deles. Surgiram Djangos, Sabatas, Sartanas de todo calibre, qualidade e espécie e sempre com qualidade inferior, com isso prejudicando até a a reputação dos verdadeiros criadores dos originais. Isso foi terrível para o Eurowestern, mas vamos lá, Feliz Natal para vocês todos, Emanuel Neto e Pedro Pereira que conduzem esse grande referencial do gênero.
ResponderEliminarMauri era competente e fazia-se rodear de bons técnicos. pena que não teve um financiamento decente para os seus filmes.
EliminarBoas festas companero!