5.27.2018

Mi chiamavano Requiescat... ma avevano sbagliato (1973 / Realizador: Mario Bianchi)


Era uma vez um rapazinho italiano chamado Sergio Ciani. Tal como muitos outros, começou a bombar forte e feio nos ginásios. Estava claro que o seu destino era o culturismo. No final dos anos 1950 e início dos anos 1960, a Itália estava a abarrotar de tipos cheios de cabedal que, além do culturismo, também apostavam numa carreira na Sétima Arte. Gordon Scott: impecável! Reg Park: imponente! Ed Fury: perfeito! Gordon Mitchell: aquela máquina! Dan Vadis: incrível! Steve Reeves: o melhor de todos! E Sergio Ciani?! Também fez carreira no “peplum” mas agora sob o pseudónimo de Alan Steel. O tempo foi passando, o “peplum” foi substituído pelo western e, já na fase decadente do género, Alan Steel esconde os seus músculos sob um manto negro ao encarnar o papel de vingador justiceiro.

Alan Steel está em apuros!

O capitão ianque Jeff Madison e os seus soldados caem numa emboscada. O inimigo é um grupo de militares rebeldes sob as ordens de Machedo. Os homens do capitão Madison são fuzilados. O oficial é barbaramente torturado com murros, pontapés, dois tiros na mão direita e uma chuva de escarretas! Os bandidos abandonam o prisioneiro amarrado ao chão e em muito mau estado. Praticamente à beira da morte, Madison é salvo por uma bela jovem índia. O sentimento de raiva é cada vez mais ardente. Mas como pode Madison vingar-se se a sua mão direita ficou inutilizada para sempre?

Frank Braña com cara de maluco!

Filho do cineasta Roberto Bianchi Montero, Mario Bianchi deixou a sua função de assistente de realização para ele próprio se tornar realizador. Os seus westerns não gozam de grande reputação nem de grande culto. Da sua curta filmografia western, aconselho vivamente três registos seus: o inquietante “Hai Sbagliato… Dovevi Uccidermi Subito!”, com Robert Woods, o misterioso “In Nome Del Padre, Del Figlio e Della Colt”, com Craig Hill, e este muito violento “Fast Hand is Still My Name” (título internacional), com Alan Steel, o tal rapazinho italiano que fez carreira graças a muito trabalho físico e mental. Um verdadeiro “self-made man”, diria eu!

4 comentários:

  1. Vi este uma vez. Uma edição bootleg do Franco Cleef. Sofre do clime low budget mas não é horrível.

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  2. Eu gosto bastante deste filme. É, para mim, o melhor western de Mario Bianchi. O baixo orçamento é mais do que evidente mas acho que é exatamente isso que dá ao filme uma aura especial.

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  3. Neste filme há uma canção interpretada por Ann Collin intitulada "That Man".
    Ann Collin também cantou duas outras canções num outro western, "Prega il morto e ammazza il vivo". As canções chamam-se "Who is that man?" e "I'm not your pony".

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