14/11/2017

Hai sbagliato... dovevi uccidermi subito! (1972 / Realizador: Mario Bianchi)

O banco foi assaltado. Várias pessoas foram assassinadas. O trio responsável por tudo isto foge incólume. Pouco tempo depois, as autoridades encontram os cadáveres de dois dos três assaltantes (mortos pela mordedura de cobra venenosa). O dinheiro do banco continua desaparecido. O terceiro fora-da-lei anda a monte. Na cidade, num ambiente discreto (ou quiçá clandestino), sentam-se à mesa de jogo o xerife Lewis Burton, o homem de negócios / dono do saloon Karl, o alucinado doutor Torres e o poderoso rei do gado Clinton. Muito dinheiro circula nessas noitadas de jogos de cartas. A bela Kate, a “femme fatale” que trabalha no saloon, é de uma fidelidade canina para quem lhe paga os honorários e as suas qualidades de espia são extremamente úteis. O duro golpe na banca da cidade fez acionar o alarme na companhia de seguros Lloyds Of London, que rapidamente envia alguém para apurar o sucedido.
Mãos ao ar seus cabrões!

Esse alguém chama-se Jonathan Pinkerton, um homem alto, elegante, intrépido e malditamente perspicaz. Pinkerton recolhe diversos testemunhos dos cidadãos para chegar à verdade. O doutor Torres, um médico / cientista que faz experiências no seu laboratório com serpentes venenosas, dá algumas dicas ao agente de seguros. Torres, apesar de ter cara de maluco, rejeita que lhe ponham o rótulo de charlatão e insiste que o seu trabalho é para ser levado a sério. Pinkerton não duvida. Pinkerton sofre vários atentados, resiste a provocações, às quais responde ao murro e ao pontapé (e de vez em quando também usa o revólver) e constata que nem na cadeira do barbeiro se pode estar descansado!

Frank Braña: Um gajo rijo como o aço.

O xerife Burton, o ricaço Karl, o ganadeiro Clinton, o doutor Torres e a atraente Kate estão no topo da lista de suspeitos de Pinkerton mas, inexplicavelmente, os principais suspeitos também são assassinados! Por quem?! Mas afinal o que é que se está a passar?! É fundamental que Pinkerton tenha muito cuidado porque a cidade está apinhada de serpentes venenosas (das que rastejam e das que têm duas pernas) e a qualquer momento uma picada poderá ser fatal! No mercado ibérico (Portugal e Espanha) este filme ficou sob o título de “A Morte Chega a Assobiar” e “La Muerte Llega Arrastrándose”, respetivamente.

Ofereceram-lhe uma gravata de corda.

É um western de baixíssimo orçamento cheio de intrigas, conspirações, voltas, reviravoltas e muito veneno através de um complô bem urdido. O conceito “fazer muito com pouco” assenta-lhe como uma luva.

7 comentários:

  1. Durante as filmagens, o título inicial deste filme era "Quando la Morte Arriva Strisciando", ou seja, "Quando a morte chega a rastejar". Não se sabe porque decidiram mudar mas esse título era bem mais adequado.
    As versões que vi são em inglês e espanhol. Nunca vi o filme na versão original italiana.

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  2. Mario Bianchi apenas realizou 3 westerns (todos eles sob o pseudónimo de Frank Bronston). Pessoalmente acho que são 3 westerns bem interessantes, apesar dos muito baixos orçamentos que teve à disposição.
    Depois passou para o cinema erótico e pornográfico.

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    1. Acho que a qualidade varia bastante. Este gosto mas aquele Fasthand pareceu-e a roçar o fraco. Falta-e ver o In nome del padre, del figlio e della Colt.

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  3. Um bom Spaghetti, competente apesar dos pesares. Gosto porque a história foge do habitual tema vingança. O filme vai por um caminho meio investigativo, misterioso, com aquela dinâmica do giallo. Lembra o ótimo "Il venditore di morte" com Klaus Kinki e Giani Garko.

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    1. Sim, é verdade! Ambos os filmes têm muitos momentos noturnos extremamente misteriosos.
      Há diversos westerns com Robert Woods já editados em DVD mas este ainda não, infelizmente.

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  4. Bom filme. Nesta facção de westerns giallo, é talvez o melhor.

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