15/11/2016

Un bounty killer a Trinità (1972 / Realizador: Joe D'Amato)


A cidade de Trinitá vive momentos dramáticos. O banco foi assaltado, todos os carregamentos de ouro são constantemente roubados, o xerife da cidade vive acagaçado e o exército não pode fazer nada porque está ocupado na guerra contra os índios. Os cidadãos mais influentes da cidade reúnem-se e mandam chamar o xerife federal de Dallas. Mas o “temível” xerife é um velho jarreta que facilmente cai na esparrela que nem um passarinho! Os bandidos, liderados pelos irmãos Sancho e Paço Navajeros, contam com o auxílio secreto de Pizarro (Antonio Cantafora), membro do concelho de cidadãos de Trinitá e principal espião / chibo / bufo. Esta situação não pode continuar e um membro do comité contrata secretamente Alan Boyd (Jeff Cameron), um caçador de prémios extremamente caro mas extremamente eficaz. 

O especialista prepara os seus instrumentos de trabalho. 

Boyd não tarda a apresentar resultados: encomenda ao cangalheiro uma dose industrial de caixões, apresenta-se na cidade como (falso) agente de seguros e os muitos avisos de recompensas que tem dentro do bolso significam muitos cadáveres e… muita cheta! As ferramentas do seu trabalho incluem um Colt, uma Derringer, uma Winchester, uma caçadeira, dinamite e… uma besta!

Uma espécie de Guilherme Tell dos westerns.

Em apenas 80 minutos de filme este exército de um só homem vai entrar em ação e vai ser profissional até ao fim porque como dizia o outro: “Modéstia à parte… mas eu sou bom”! Jeff Cameron faz lembrar o personagem Sartana (chapéu preto, roupas elegantes, gravata vermelha) e Antonio Cantafora é o vilão de serviço com uma cabeleira vistosa, um grande bigode a condizer e umas patilhas à reforma agrária.

Os maninhos Navajeros. 

Aristide Massaccessi sempre foi respeitado enquanto diretor de fotografia (nomeadamente nos westerns de Demofilo Fidani). Ao assumir a cadeira de realizador trabalhou sob inúmeros pseudónimos mas foi sob o pseudónimo de Joe D’amato que alcançou a fama em géneros cinematográficos como o terror, o erotismo e a pornografia. Joe D’amato faleceu no dia 23 de janeiro de 1999.


6 comentários:

  1. Este terá sido o primeiro filme realizado por Joe D'amato, que até então usava com o seu verdadeiro nome, Aristide Massaccessi.
    Mas por questões legais este western foi assinado pelo produtor Oscar Faradine / Oscar Santaniello.

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  2. Em contrapartida o ano de 1972 foi o último ano em que Jeff Cameron participou num western (entre 1966 e 1972 esteve em 19 westerns).

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  3. Este é daqueles ruim de mais para ser verdade. Coisa feita ás três pancadas e com actores péssimos. Como o vi recentemente ainda me recordo de algumas cenas, no raid final do nosso caçador há um enquadramento de planos em que o disparo é feito de um lado e o abatido cai num ângulo impossível. Não digo que estas coisas não aconteçam noutros filmes, mas aqui o nível é demasiado mau. A evitar...

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  4. Eu gosto do filme. É claramente uma produção muito pobre mas eu acho piada a este tipo de spaghettis do início dos anos 1970.
    Pessoalmente tenho algum interesse em seguir os westerns italianos de série B realizados por nomes como Fidani, Vari, Bianchi, Pinzauti e, naturalmente, D'Amato.

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  5. Sim, eu sei. Mas isso já vai além do B, C, D...
    Gosto do Vari, mas acho que me entretenho mais com aquela linha Mullargia, rafael Marchent. Depende das fases.

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  6. Também gosto de Mulargia mas já não passo muito cartão aos Marchent (Joaquin e Rafael). Os irmãos Marchent faziam westerns ainda muito ao estilo americano embora haja algumas honradas exceções (Condenados a Vivir / Garringo).

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