A trama não é ruim, mas é demasiado fácil colá-la ao seminal “Per un pugno di dollari”, senão vejamos. Em ambos um pistoleiro desconhecido chega à cidade, envolve-se com os pulhas locais, a páginas tantas leva um enxerto de porrada, mas depois de lamber as feridas volta para lhes limpar o sebo.
As reciclagens nos filmes italianos não são factor de estranhamento para gente vacinada, e a verdade é que a mesclagem aqui feita resulta decentemente. Talvez por isso, o filme conseguiu um encaixe anormal para o tipo de produção tão low budget. E por falar em colagens, mais descarada ainda é a fotocópia que Lallo Gori fez do hit “House Of The Rising Sun” dos The Animals, aqui transformado em “The Ballad of Pecos”, pela voz de Bob Smart.
As reciclagens nos filmes italianos não são factor de estranhamento para gente vacinada, e a verdade é que a mesclagem aqui feita resulta decentemente. Talvez por isso, o filme conseguiu um encaixe anormal para o tipo de produção tão low budget. E por falar em colagens, mais descarada ainda é a fotocópia que Lallo Gori fez do hit “House Of The Rising Sun” dos The Animals, aqui transformado em “The Ballad of Pecos”, pela voz de Bob Smart.
Eixo do mal: Pier Paolo Capponi, Peter Carsten, George Eastman.
A personagem de Robert Woods tem tanto de interessante como de caricata. O tipo aparenta ser um um peone esfomeado, mas por andar armado é imediatamente conotado como encrenqueiro, «mel» para os «ursos» do povoado, está claro. Porém a chegada dele à cidade não é casual, Pecos tem a sua própria agenda e isso garantirá muito chumbo quente ao longo dos oitenta e tal minutos do filme.
O DVD da Koch Media vem com uma entrevista recente a Woods, nesta o actor afirma que só aceitou o papel no filme na condição de ser caracterizado de forma a assemelhar-se tanto quanto possível com um verdadeiro mexicano. Em vez disso a mim pareceu-me que o transformaram num pistoleiro de olhar vesgo. Felizmente não lhe fizeram assim tantos grandes planos às fuças e desta forma a coisa escorrega naturalmente.
Curiosamente o mítico medium/realizador, Demofilo Fidani, senhor de uma obra incontestavelmente ruim, assumiu neste primeiro filme da saga Pecos, funções na equipe técnica. Também o estimado Joe D'Amato por lá se passeou de câmara na mão. Tudo gente que nos anos seguintes assumiriam a «vanguarda» do western-spaghetti de série z. Já Maurizio Lucidi, abandonaria esta linha mais dura e a partir daqui enveredaria pelos tortuosos caminhos do western cómico (La più grande rapina del west, Si può fare... amigo). Lá chegaremos!
Há que realçar que o nosso amigo António Rosa ofereceu-nos uma cópia deste filme a cada um de nós no passado Dezembro.
ResponderEliminarPara mim, o filme é apenas satisfatório. Gostei mais de ver Robert Woods noutros westerns.
É estranho vê-lo com aquele olhar esgroviado.
ResponderEliminarRecordo-me bem de ter gostado mais do filme da primeira vez que o vi, mas é escapatório.
realmente Pecos parecia q tava realmente vesgo, esse é um dos primeiro Spaghetti Western q eu vi, ñ é todo o dia q um mexicano é o herói de um western, por isso pelo menos vale uma olhada, o final não deixa de ser impoliticamente correto, SPOILER: quando Pécos deixa o barril de dólares para o cidadãos da cidade FIM DO SPOILER só por isso o filme merece uma olhada, gostei também da sequência.
ResponderEliminarEste filme terá sido o prelúdio deste tipo de westerns, cujo protagonista é um mexicano. Principalmente a partir de 1968 surgiram em grande número westerns de temática revolucionária pela mão de Corbucci, Damiani, Lizzani e até mesmo Leone.
ResponderEliminarTodos superiores a este.
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