O ano de 1976 marca a despedida do prolífico realizador italiano Antonio Margheriti do western-spaghetti. Lamentavelmente a sua saída de cena do género destoa do seu registo habitualmente mais gótico. Lembremos que o romano assinara nos anos precedentes alguns filmes de grande efeito, caso de “Joko invoca Dio... e muori” e sobretudo “E Dio disse a Caino...”. Ora lembremos-nos também que estes são os anos da euforia pós-Trinitá e são já muito poucas as produtoras que arriscam investir o seu dinheiro em westerns marcadamente violentos. Assim, sem surpresa também Margheriti nos presenteia com uma versão rasca de um buddy western à boa moda da dupla Terence Hill + Bud Spencer. Sem surpresa encontraremos por aqui uma fotocópia borrada do Trinitá original, aqui vivido pelo esforçado Alberto Terracina.
Terracina é Napoleone B. Higgins, um aldrabão preguiçoso que tenta ganhar algum dinheiro pela venda de um elixir supostamente miraculoso (neste caso potencia o milagre do desarranjo intestinal). O negócio ultrajoso põe-lhe toda uma cidade no seu encalce, e é então que descobre casualmente a campa do mítico Davy Crockett. O defunto recusou passar a fronteira para o «outro lado» e agora na forma de fantasma vai tentar convencer o jovem salafráio a lançar-se numa caça ao tesouro.
A experiência ensinou-me a não esperar pérolas de qualquer que seja o euro-western realizado na década de setenta mas talvez pelo respeito pelo signore Margheriti - cuja obra aprecio para além do espectro western - esperava ao menos uma comédia razoável. Mas ao que parece fui demasiado crédulo e dei-me mal!
Terracina é Napoleone B. Higgins, um aldrabão preguiçoso que tenta ganhar algum dinheiro pela venda de um elixir supostamente miraculoso (neste caso potencia o milagre do desarranjo intestinal). O negócio ultrajoso põe-lhe toda uma cidade no seu encalce, e é então que descobre casualmente a campa do mítico Davy Crockett. O defunto recusou passar a fronteira para o «outro lado» e agora na forma de fantasma vai tentar convencer o jovem salafráio a lançar-se numa caça ao tesouro.
A experiência ensinou-me a não esperar pérolas de qualquer que seja o euro-western realizado na década de setenta mas talvez pelo respeito pelo signore Margheriti - cuja obra aprecio para além do espectro western - esperava ao menos uma comédia razoável. Mas ao que parece fui demasiado crédulo e dei-me mal!
Por uma questão de princípio sou contra as comédias no género western porque acho que não encaixa. Os "buddy movies" não me agradam e os "buddy westerns" muito menos.
ResponderEliminarA vontade de imitar "Trinitá" é tão grande e tão patética que até mete medo. Antonio Margheriti era um cineasta de grande valor mas este foi mais um falhanço.
Quando Margheriti enveredou pelo cinema gótico foi brilhante mas quando andou com a mania de imitar coisas mal esgalhadas foi uma desgraça!
Muito recentemente estive a rever o filme "Ben e Charlie" e confirmo o que escrevi anteriormente: não gosto de "buddy movies".
ResponderEliminarE esse nem é dos piores. Agora este do Margheriti é uma lástima. Curioso é que estive a ler algumas coisas em outros blogues, e parece que o filme tem os seus fãs. Eu cá não lhe encontrei a piada. Está fase é a pior do género, sem dúvida. Os policial italiano roubava a atenção do público sedento de pancadaria e os que ficavam pelo western levavam comédia de segunda, já que Trinitá só houve mesmo com Barboni na cadeira de realizador.
ResponderEliminarHá gostos para tudo. No que me toca, eu gosto bastante dos westerns do Fidani (nem todos). Cada maluco com a sua maluqueira...
ResponderEliminarlaro. Bem, para os curiosos deixo aqui um link (http://www.ulozto.net/xmfNoWSA/fantasma-en-el-oeste-1976-spanish-avi) onde podem ver o filme com qualidade razoável (audio em espanhol). Edições DVD não creio que existam por ora.
ResponderEliminar