3.02.2020

Una pistola per cento croci (1971 / Realizador: Carlo Croccolo)

Reza a lenda que o realizador Carlo Croccolo era amigalhaço do ator Tony Kendall. O primeiro queria fazer um western mas tinha muito pouco dinheiro. O segundo, por amizade (ou talvez solidariedade), aceitou protagonizar esse mesmo western. Carlo Croccolo e o produtor Oscar Santaniello conseguiram os meios necessários e avançaram. Tony Kendall, Mimmo Palmara, Marina Mulligan, Monica Miguel e Ray Saunders são os mais importantes do elenco. Os restantes são fundamentalmente duplos, quase todos presença assídua nos westerns de Demofilo Fidani (Dennis Colt, Custer Gail, Luciano Conti, etc.). A história é muito simples: Sartana / Santana / Django (consoante a versão) é um pistoleiro dos sete costados que decide proteger a indefesa donzela Jessica Dublin. A súcia que anda a fazer mal à mulher é liderada por Frank Damon, ex-camarada de armas de Sartana.


Só a meio do filme é que ficamos a saber que acima do chefe Frank Damon há uma “chefa” que veste roupas pretas, tem um vistoso sombrero mexicano e maneja o chicote com a destreza de um domador de circo! Os melhores momentos do filme são o tiroteio final recheado de cadáveres e a cena em que a “chefa” despe Jessica Dublin à chicotada.

Tony Kendall com um ar extremamente sério!

Com Croccolo e Santaniello, a máxima era “no poupar é que está o ganho” e por isso várias cenas deste filme foram recicladas no western seguinte, “Black Killer”. Carlo Croccolo, sob o pseudónimo Lucky Moore, além de fazer filmes em Itália cujos atores sacavam das suas pistolas (cinema western), também foi aos Estados Unidos fazer filmes em que os atores sacavam das suas gaitas (cinema porno). Mas o objetivo permanecia o mesmo: disparar a arma!

3 comentários:

  1. Segundo alguns relatos, este filme foi feito entre 3 a 4 semanas!
    Tony Kendall foi convidado a participar no filme "Black Killer". No entanto, ele recusou porque já sabia que Klaus Kinski também iria participar no filme.
    Conhecendo a fama (e o proveito) de Kinski como um tinhoso de primeira categoria, Tony Kendall achou melhor não aceitar porque senão passava-se da mona e teria de partir o focinho a Kinski, se ele lhe faltasse ao respeito.

    ResponderEliminar
  2. Hoje foi o dia. De facto a cena da chicotada tem nível. Quase que ombreia com a do "Tempo de massacre", quase.

    ResponderEliminar