A Itália, à semelhança dos seus vizinhos do sul da Europa, Portugal e Espanha, tem uma cultura de séculos e séculos ligada à religião. Roma, outrora o grande centro do mundo civilizado, também passou a ser a sede da Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana. Ainda hoje a Bíblia é o livro mais vendido de sempre. Acontece que em 1966, em pleno “boom” do género cinematográfico western-spaghetti, os atores Gianni Garko e Anthony Steffen e o realizador Alberto Cardone são os líderes de um western claramente baseado num dos episódios mais famosos do Antigo Testamento: Abel e Caim. Para os mais distraídos eis um breve resumo: Abel e Caim são os dois filhos de Adão e Eva (o primeiro casal criado por Deus), que foram expulsos do Jardim do Éden por Deus. O grande chefe disse-lhes: “juizinho!”, mas o casal só queria ramboia e por isso foram postos na alheta!
Agora que vivem na Terra têm de sofrer e têm de trabalhar. Abel é um gajo porreiro temente a Deus mas o seu maninho Caim é ruim como os cornos. Num ataque de fúria Caim assassinou Abel e Deus amaldiçoou-o. Matar um irmão é coisa séria. E é aqui que incide este western. Johnny cumpriu 12 anos no xadrez por homicídio e agora voltou a casa. Sempre alegou a sua inocência. O seu irmão Sartana é o fanfarrão que manda na cidade de Campos e arredores (e ainda por cima anda a papar a namorada de Johnny). Faz o que quer e ninguém chia!
A mãe de ambos é uma viúva que raramente sai de casa, vive uma vida amargurada e refugia-se na bebida para esquecer as suas agruras. Os dois irmãos adoram a mãe, respeitam-na, mas esta parece preferir Sartana. Johnny não esqueceu o martírio que passou durante 12 anos e quer descobrir quem é que o tramou. O vaidoso General Sartana, cujo quartel-general é um magnífico templo asteca, não acha que isso seja uma boa ideia. Um duelo mortal entre ambos é inevitável. Será que o irmão mau vai outra vez matar o bom, tal como nas Sagradas Escrituras? Ou a História, desta vez, não se vai repetir?
Nota final: o título do filme (Mil Dólares no Preto) é uma referência a um colar de diamantes no valor de 1000 dólares que Sartana oferece à sua mãe, que veste sempre de preto.
O protagonista trata da saúde a dois vilões.
Agora que vivem na Terra têm de sofrer e têm de trabalhar. Abel é um gajo porreiro temente a Deus mas o seu maninho Caim é ruim como os cornos. Num ataque de fúria Caim assassinou Abel e Deus amaldiçoou-o. Matar um irmão é coisa séria. E é aqui que incide este western. Johnny cumpriu 12 anos no xadrez por homicídio e agora voltou a casa. Sempre alegou a sua inocência. O seu irmão Sartana é o fanfarrão que manda na cidade de Campos e arredores (e ainda por cima anda a papar a namorada de Johnny). Faz o que quer e ninguém chia!
Johnny Liston atura a sua ébria mãezinha!
A mãe de ambos é uma viúva que raramente sai de casa, vive uma vida amargurada e refugia-se na bebida para esquecer as suas agruras. Os dois irmãos adoram a mãe, respeitam-na, mas esta parece preferir Sartana. Johnny não esqueceu o martírio que passou durante 12 anos e quer descobrir quem é que o tramou. O vaidoso General Sartana, cujo quartel-general é um magnífico templo asteca, não acha que isso seja uma boa ideia. Um duelo mortal entre ambos é inevitável. Será que o irmão mau vai outra vez matar o bom, tal como nas Sagradas Escrituras? Ou a História, desta vez, não se vai repetir?
Excelente cena noturna dentro do forte asteca!
Nota final: o título do filme (Mil Dólares no Preto) é uma referência a um colar de diamantes no valor de 1000 dólares que Sartana oferece à sua mãe, que veste sempre de preto.
Este filme foi bem sucedido em Itália mas também teve um grande sucesso na Alemanha, de tal forma que o título alemão chama-se simplesmente "Sartana".
ResponderEliminarRevi este filme há algumas semanas graças ao exemplar que o nosso amigo António Rosa nos ofereceu.
ResponderEliminarNão é um filme genial mas é sem dúvida um western bem interessante, com uma produção cuidadosa e tem dois protagonistas de peso.
Gosto bastante deste "Mil dólares no preto". Felizmente o filme foi repescado para o mercado DVD, recordo-me bem da primeira vez que o vi, foi num vhsrip manhoso. Agora nao faltam opções cristalinas.O Gianni Garko saiu-se vem nos westerns em que ficou com o lugar de vilão.
ResponderEliminarGianni Garko dizia que se inspirou em papéis de vilões sádicos várias vezes interpretados pelo ator americano Richard Widmark.
ResponderEliminarSegundo relatos de pessoas que trabalharam no filme dizem que Garko era um excelente profissional tal como Anthony Steffen, mas este era muito vaidoso!
Um dos melhores que já vi, superior ao seu antecessor 7 Dollari Sul Rosso, consta também que Alberto Cardone e Mario Siciliano desfizeram a parceria e cada um rodou o seu próprio final da Trilogia Bíblica, Cardone Rodou 20.000 dollari sul 7 Siciliano realizou I vigliacchi non pregano.
ResponderEliminarConcordo contigo, Artur. "7 dollari sul rosso" é um filme bem mais fraco que este.
ResponderEliminarNunca tinha pensado nesses filmes como uma "trilogia bíblica" mas o termo é realmente adequado.
Um abraço!