"Os spaghettis da minha vida" regressam de um breve hiato. E desta vez tivemos o prazer de trocar impressões com o amigo Paulo Lopes, blogger brasileiro responsável pelo muito interessante O Euro Western no Brasil! Blogue onde aborda o western à italiana de uma forma diferente do habitual, focalizando-se na compilação e divulgação dos trabalhos gráficos originais utilizados na promoção dos filmes em solo brasileiro. Ao contrário da maioria das pessoas que nos seguem, o Paulo teve a oportunidade de conferir a maioria destes filmes no grande ecrã, o que lhe permite ter uma visão sobre o género bem mais ampla, repescando nesta lista alguns títulos bem curiosos.
Antes de tudo, é claro, um grande agradecimento ao Pedro, pela oportunidade ímpar de participar de seu blog, falando de um assunto que me é tão caro.
Eu tive a grande felicidade de ter feito minha iniciação cinematográfica através dos westerns italianos, lá em meados dos anos 60. É claro, que levado por meu pai e minha tia, já tinha visto vários filmes antes; Mas desses tenho poucas lembranças. Foi, no bang bang a italiana, como os chamavamos por aqui que se formaram minhas primeiras memórias cinematográficas.
Naqueles anos distantes, morando numa cidade do interior, os filmes demoravam de dois a três anos a chegar em nossos cinemas. Acompanhando os lançamentos pelos recortes de jornais que colecionava, era grande a ansiedade para assistir a cada um desses filmes. E esses filmes eram sempre reservados para as sessões de domingo que, invariavelmente lotavam os dois cinemas locais. Assim tive a alegria de ver todos esses filmes nos cinemas.
O primeiro filme que vi nessa época foi “O Homem da pistola de Ouro” e a partir dai emendou-se uma sequencia enorme de westerns spaguetti, que se prolongou até os primeiros anos da decada de 70. O que posso dizer é que foi o spaguetti western que desencadeou em mim o grande amor pela sétima arte em geral e é por isso mesmo que tenho um enorme carinho pelo gênero. Seguem alguns dos westerns de minha vida. Alguns porque realmente eram bons, outros porque foram marcantes. Vamos lá:
Antes de tudo, é claro, um grande agradecimento ao Pedro, pela oportunidade ímpar de participar de seu blog, falando de um assunto que me é tão caro.
Eu tive a grande felicidade de ter feito minha iniciação cinematográfica através dos westerns italianos, lá em meados dos anos 60. É claro, que levado por meu pai e minha tia, já tinha visto vários filmes antes; Mas desses tenho poucas lembranças. Foi, no bang bang a italiana, como os chamavamos por aqui que se formaram minhas primeiras memórias cinematográficas.
Naqueles anos distantes, morando numa cidade do interior, os filmes demoravam de dois a três anos a chegar em nossos cinemas. Acompanhando os lançamentos pelos recortes de jornais que colecionava, era grande a ansiedade para assistir a cada um desses filmes. E esses filmes eram sempre reservados para as sessões de domingo que, invariavelmente lotavam os dois cinemas locais. Assim tive a alegria de ver todos esses filmes nos cinemas.
O primeiro filme que vi nessa época foi “O Homem da pistola de Ouro” e a partir dai emendou-se uma sequencia enorme de westerns spaguetti, que se prolongou até os primeiros anos da decada de 70. O que posso dizer é que foi o spaguetti western que desencadeou em mim o grande amor pela sétima arte em geral e é por isso mesmo que tenho um enorme carinho pelo gênero. Seguem alguns dos westerns de minha vida. Alguns porque realmente eram bons, outros porque foram marcantes. Vamos lá:
Os 10 favoritos:
01 | L'uomo dalla pistola d'oro | Alfonso Balcázar | 1966
Marcante porque foi o primeiro western que vi na telona. Não esta entre os grandes filmes do genero mas, me abriu o apetite para os próximos que viriam.
02 | Mille dollari sul nero | Alberto Cardone | 1966
Anthony Steffen todo sujo, recém-saido da prisão confrontando um Gianni Garko, limpinho, lourissímo e violento...Muito bom, muito bom.
03 | Django | Sergio Corbucci | 1966
Esse só assisti, com a conivencia do bilheteiro do cinema, que era meu vizinho. Foi o maximo da violencia que o cinema se permitia na época. Canção inesquecível e filme também.
04 | Un Dollaro Bucato | Giorgio Ferroni | 1965
Fez um sucesso enorme no Brasil e esperei ansiosamente a chance de vê-lo. A musica tocava no radio e quem já tinha visto só falava bem do filme. Não decepcionou e me apresentou o astro Giulliano Gemma, que ainda se chamava Montgomery Wood.
05 | Johnny Yuma | Romolo Guerrieri | 1966
O pistoleiro interpretado por Mark Damon, me cativou e gostei, e ainda gosto muito desse filme. A cena final de seu oponente moribundo que atira nos cantis de agua da vilã fujona, quando todos achavam que ele tinha errado seus últimos tiros, nunca me saiu da memória.
06 | Texas, Addio | Ferdinando Baldi | 1966
Mais um dos westerns que me marcaram muito. Boa canção, bom roteiro, ação e até momentos de grande emoção... Muitos choraram no final.
07 | Le colt cantarono la morte e fu... tempo di massacro | Lucio Fulci | 1966
Outro grande filme de Franco Nero. De quebra, George Hilton. Mas, o vilão todo vestido de branco, interpretado por Nino Casteulnovo foi o melhor do filme.
08 | Per un pugno di dollari | Sergio Leone | 1964
Escutei a trilha sonora antes de ver o filme. E apesar da minha pouca idade fiquei extasiado com aquela musica vigorosa e ao mesmo tempo melodiosa. O filme correspondeu as minhas expectativas e o pistoleiro sem nome de Clint Eastwood, se tornou prá mim o símbolo maior de um oeste que (isso descobri depois) não existia.
09 | I giorni dell'ira | Tonino Valerii | 1967
Rivalizando-se com RINGO NÃO DISCUTE…MATA(Il Ritorno de Ringo), na minha opinião, como os dois melhores westerns de Giulliano Gemma, cito aqui esse DIAS DE IRA, pela presença marcante de Lee Van Cleef, um dos grandes astros do genêro.
10 | Keoma | Enzo G. Castellari | 1976
O ultimo grande western spaguetti que vi. Assistindo-o tive a esperança de um renascimento do genêro, mas isso não aconteceu. No entanto, se a ultima imagem é a que fica, o fim foi magnífico. Um western de primeira linha e ninguém melhor para encerrar o ciclo, do que Franco Nero, que declarou um dia ser amante do genêro, ao contrario de alguns que renegaram seus trabalhos.
Joker: Herói mascarado!
Starblack | Giovanni Grimaldi | 1966
Pouco lembrado esse western estrelado por Robert Woods, trouxe para tela a estética do spaguetti western misturada aos velhos filmes de Durango Kid e outros heróis mascarados dos westerns B de Hollywood. Diversão garantida.
A evitar: Absurdo!
Di Tressette ce n'è uno, tutti gli altri son nessuno | Giuliano Carnimeo | 1974
Nunca fui muito fã da comédia no western italiano. A excepção dos filmes de Terence Hill, foram cometidos verdadeiros absurdos em nome do humor. Talvez este nem seja o pior, mas o coloco aqui representando outros tantos. Nem chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros, sendo lançado apenas em DVD.
O amigo Paulo Lopes teve o privilégio que eu infelizmente nunca tive, ou seja, ver estes filmes numa sala de cinema. De certeza que o impacto é muito maior e mais marcante!
ResponderEliminarQuanto à lista, DJANGO foi o provavelmente o primeiro western da História para maiores de 18 anos!
O único spaghetti que vi no cinema foi o "Um Dólar Furado", que por acaso figura nas escolhas do Paulo. E isto, graças ás reposições feitas pelo cinema ambulante nos anos 80...
ResponderEliminarO meu pai conta-me que viu bastantes na grande tela, sortudo!
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Pedro Pereira
http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
http://auto-cadaver.posterous.com
http://filmesdemerda.tumblr.com
¡¡Qué suerte ver "Un dollaro bucato" en cine!! Qué envidia... Otra gran lista para apuntar.
ResponderEliminarSi. Fue una suerte! Esto lo puedo agradecer a mi padre, que me llevo con el.
ResponderEliminar--
Pedro Pereira
http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
http://auto-cadaver.posterous.com
http://filmesdemerda.tumblr.com
Grande amigo e parceiro Paulo, conhece muito de Western e tem um grande acervo de informações no Brasil.
ResponderEliminarNão me surpreende em destacar "L'uomo dalla pistola d'oro" de Alfonso Balcázar de 1966.
Se analisar o filme com carinho, vemos a mão sensível de Balcazar em realizar as tomadas de cenas com perfeição.
Há um duelo no saloon que diz tudo sobre o filme.
O tema musical também é bem sensível e a fotografia também.
E fazer isso em 1966 concorrendo com grandes obras que estavam sendo feitas e lançadas em paralelo não era fácil.
Particularmente gosto deste filme e ele foi feliz em lembrar-nos para revê-lo.
www.bangbangitaliana.blogspot.com