11.25.2018

Sette magnifiche pistole (1966 / Realizador: Romolo Guerrieri)

Em 1960 dá-se a estreia do mega-clássico “Os Sete Magníficos”. O sucesso de bilheteiras é enorme e ainda que as personagens principais do grupo de justiceiros sejam severamente dizimadas, haverá espaço para mais três sequelas oficiais e muitas fotocópias de qualidade inferior. Este “Sette magnifiche pistole” é uma dessas variações de segunda linha, dúvidas houvessem quanto ao trocadilho do titulo ou semelhanças entre os posters de ambos os filmes (vide arte original aí abaixo). Mas há variações, claro, desta vez não será um grupo de campesinos a sofrer as passinhas do Algarve nas mãos de um grupo de bandidos, singularizando-se a coisa num tal de Timothy Benson, que teve a sorte (ou azar) em herdar uma mina de ouro por parte de um tio.

Ora sucede que esse tal Timothy (num desempenho raro de Sean Flynn, filho do infâme Errol Flynn) não a consegue explorar, culpa da malvadez do excelentíssimo Sancho Rodriguez, interpretado justamente por um verdadeiro Sancho, o único e incomparável Fernando Sancho. Que, vá-se lá saber como, nesse ano protagonizou três westerns com o «sete» diluído nos seus títulos: “7 dólares de sangue”, “Sete pistolas para os MacGregors” e este “Sete magnificas pistolas”. Mas, adiante…

Sean Flynn em sessão de aprendizagem via bofetada na tromba!

O tal Benson tem estudos, é educado e até já conquistou o coração da bela Coralie (interpretação de Evelyn Stewart, que registe-se está especialmente bonita neste filme), mas ao rapaz faltam-lhe as ferramentas necessárias para enfrentar o todo poderoso e muito egocêntrico Sancho Rodriguez, que lhe dizima quase toda a equipa de mineração. Sobrevive apenas Gorky que resolve recrutar cinco velhos conhecidos para fazerem frente ao processo de bullying em curso. Como expectável darão formação ao oprimido e enfrentarão inevitavelmente os bandidos, desta vez com saldo muito negativo para a equipa dos mauzinhos.

Ida Galli (aka Evelyn Stewart), a carinha laroca de serviço.
 
Este foi o primeiro western de Romolo Guerrieri, que deixou para a posterioridade o excelente “10000 dólares para um massacre”, e por ser a sua primeira entrada no género perdoemos-lhe a incapacidade de se ter decidido pelo ambiente cómico ou violento, que machuca gravemente a qualidade do filme, que obviamente será apenas para completistas do género.

Arte original do filme de John Sturges. Qualquer semelhança não será coincidência...

9 comentários:

  1. Em 1966 o western-spaghetti ainda estava na fase de aprendizagem e muita gente seguia o caminho mais simples, ou seja, copiar o modelo americano e os títulos dos westerns americanos (nesta caso o número 7).
    Diria que em 1966 dá-se o ponto de viragem decisivo quando um indivíduo taciturno chegou ao grande ecrã a puxar um caixão e a matar pessoal à bruta (Django)!

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    1. Estranhei que o ciclo western que o Fox Movies montou, tenha incluído esse e tantos outros spaghettis. Alguns pouco conhecidos. Muy bien!

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  2. Esta é a resenha número 195 do blogue, isto é, já contamos com 195 filmes neste nosso pequeno espaço na imensa Internet!

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    1. Talvez ainda apareçam mais duas este ano. Em 2019, se não houver azar, aparecerá o número redondo.

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  3. Quanto ao protagonista, Sean Flynn, teve uma carreira curta (fez apenas 11 filmes) e teve uma vida curta (morreu aos 30 anos).
    Já o seu paizinho, Errol Flynn, foi uma celebridade do cinema de aventuras e morreu de ataque cardíaco aos 50 anos. Quando bateu as botas, Errol tinha um grande naipe de doenças sexualmente transmissíveis no seu corpo.

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    1. Acho que o Sean se dedicou à reportagem de guerra e teve um fim á medida do risco. Li qualquer coisa por aí sobre isso, mas já não estou certo.

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  4. Sim, foi isso. Foi ao Vietname como repórter, foi capturado e morto pelas forças Vietcong, e só mais tarde é que encontraram com o cadáver dele.

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  5. O pitéu Ida Galli é um bom motivo para rever esse razoável spaghetti também..

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    1. Por acaso sempre embirrei com ela, mas está muito apetititosa neste filme.

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