10.11.2011

Os spaghettis da minha vida | Bruno Barrenha @ Analisando o Oeste


Já não é a primeira vez que contamos com um fã do western-spaghetti de tenra idade nesta rubrica. De facto é com um prazer especial que publicamos os dizeres dos novos fãs. E é sobretudo bom saber que apesar das overdoses de CGI que o cinema contemporâneo nos quer impingir, existem ainda aqueles que se encantam com as artimanhas da velha escola de cinema popular. Saibam que o Bruno, que hoje partilha connosco as suas preferências dentro do western-spaghetti mantém desde há um ano o blogue Analisando o Oeste, que como o nome diz, vai dissecando obras do chamado faroeste, sejam elas americanas ou europeias. Passem por lá!


Primeiramente, gostaria de mandar um extremo “muito obrigado!” aos gajos deste incrível blog pela atenção que vem dado a um garoto de 14 anos tentando entrar para um mundo de gigantes.

Pois é... Minha relação com o western iniciou-se em uma tarde de sábado: havia feito o download de "Butch Cassidy & Sundance Kid", o qual foi meu primeiro faroeste assistido. A partir dele, as portas do gênero se escancararam para mim... De súbito fui apresentado ao mestre italiano Sergio Leone e me apaixonei por seu cinema: desde Clint Eastwood até Ennio Morricone, desde o visual do velho-oeste europeu até o punhado de dólares.

Virei um fanático pelo velho-oeste e, acima de tudo, pelo cinema. Como consequência, criei meu blog (Analisando o Oeste) há um ano. Até hoje ele continua vivo e todas as semanas o abasteço em parceria com meu amigo Thierry Vasques, realizando críticas destinadas somente ao gênero do western, independente se ele é norte-americano ou spaghetti.

Só gostaria de acrescentar que ainda não vi muitos dos filmes desconhecidos dentro do gênero; por isso minha lista terá bastantes obras clássicas e, se pararmos para pensar, é um tanto quanto óbvia para qualquer cinéfilo que se interessa pelo faroeste italiano. Ainda assim, me faltam assistir alguns baita épicos, como "Preparati la bara!", "I giorni dell'ira" e alguns da série Sartana.

Por último, meu respeito ao faroeste vai além dos limites, já que foi através dele em que eu fui laçado pelas rédeas dos mais diversos cowboys e arrastado por seus cavalos até a maior das maiores recompensas possíveis: o reconhecimento.


Os 10 favoritos:

01 | Il buono, il brutto, il cattivo | Sergio Leone | 1966

É muito difícil – digamos que seja praticamente impossível - conversar com alguém que já tenha assistido a esta obra-prima e não tenha gostado. É o auge do western spaghetti, é aquele estilo de filme em que não queremos o seu fim, onde rezamos para que tenha alguma coisa a mais. As atuações são de tirar o fôlego de qualquer um, porém o que mais merece atenção é a trilha sonora: ela é uma das razões pelo qual o elejo como um dos melhores filmes da sétima-arte e, consequentemente, o meu predileto em todos os tempos.


02 | Giù la testa | Sergio Leone | 1971

Enquanto uns dizem ser o pior trabalho de Leone, meu carinho por este filme é inexplicável. A parte dramática é, sem dúvida alguma, uma revolução no gênero onde normalmente só se ouviam tiros. Ninguém imaginaria a comoção de um revolucionário no meio de uma sangrenta revolução. Tal motivo é então um dos principais para este filme assegurar seu segundo lugar na minha lista, sem contar ainda com outra belíssima trilha de Ennio Morricone.


03 | Il grande silenzio | Sergio Corbucci | 1968

Para o espectador que estava acostumado em ver o mar de cores áridas do deserto europeu, aqui o baque será grande: a imensa branquidão da neve, do gelo e do frio tomará conta da telona, sendo quase imperceptível a presença do personagem Silêncio (Jean-Louis Trintignant). A partir disto, novas fronteiras para o western spaghetti foram descobertas: a fotografia mais que inovadora, um vilão se dando bem no final das contas, um personagem principal mudo durante todo o filme... Todos os parâmetros milimetricamente perfeitos para um clássico do gênero!


04 | Keoma | Enzo G. Castellari | 1976

O triste adeus não oficial do western spaghetti se baseia neste maravilhoso trabalho do diretor Enzo G. Castellari. Com seu toque provido de muito talento, o filme até serve como uma espécie de homenagem ao gênero que durou somente 14 anos na teoria, mas que até hoje vive em nossas mentes e corações. Admirável pela penetrante e engenhosa trilha sonora dos irmãos De Angelis, a película ainda conta com a atuação magnífica de Franco Nero e com a mistura de perspectivas criadas por Castellari, apresentando os close-ups de Leone e as câmeras lentas de Peckinpah.


05 | La resa dei conti | Sergio Sollima | 1966

No mesmo ano de clássicos como "O Bom, O Mau e O Feio" e "Django", surge "O Dia da Desforra". É a revelação de mais um diretor com o nome Sergio dentro do western spaghetti: Leone já havia se idolatrado e Corbucci ia pela mesma rota, enquanto que Sollima também aparece para lhes fazer companhia. O trio é contemplado na produção de obras-primas e, como sua maior, Sollima adquire O Dia da Desforra, com Tomas Milian e Lee Van Cleef.


06 | C'era una volta il West | Sergio Leone | 1968

O maior western já realizado, tanto por parte do norte-americano quanto do próprio europeu. Mais uma vez a trilha de Morricone é de arrepiar os cabelos, juntamente com as atuações de gala por parte de todo o elenco. A lindeza de Claudia Cardinale faz tudo ficar mais alinhado, porém o detalhe que mais engrandece o trabalho é seu roteiro irreprochável, escrito pelo próprio Leone em parceria com seu xará Donati. Também há a presença do antes mocinho de olhos azuis, Henry Fonda, no papel de vilão. Apesar de tudo não é o meu filme predileto, mas com certeza é uma coisa de outro mundo...


07 | Lo voglio morto | Paolo Bianchini | 1968

Uma grata surpresa! Apesar de suas diversas falhas, é um dos trabalhos onde as características paisagens de Almería-Espanha estão mais explícitas. Ainda apresenta uma qualidade técnica invejável para as grandes produções do gênero.



08 | Per qualche dollaro in più | Sergio Leone | 1965

O encerramento deste filme é uma das cenas mais belas de todo o gênero, com o Coronel Mortimer (Lee Van Cleef) desaparecendo na bela paisagem do pôr-do-sol indo em direção ao nada. É um dos filmes que mais expõem os ideais do western spaghetti, com os olhares avassaladores nos close-ups de Leone, a trilha exaltada de Morricone e a dupla formada por Eastwood-Van Cleef arrematando qualquer comentário. Com todos estes aspectos, a metade da "Trilogia dos Dólares" refletiria no que viria ao seu final.


09 | Un dollaro tra i denti | Luigi Vanzi | 1967

É praticamente um musical dentro do velho-oeste, justamente pela trilha sonora estar presente em quase toda a obra, fortalecendo-a; poucos são os momentos onde ela não se encontra. Além disso, me faz recordar de grandes filmes nos quais o pistoleiro encontra – já nos momentos finais – seus adversários e os mata um por um, sendo que está sozinho.


10 | Per un pugno di dollari | Sergio Leone | 1964

Esse não poderia estar de fora: é o estopim do western spaghetti, apesar de ser uma cópia descarada de "Yojimbo". E, assim como foi o início para o gênero, também foi para mim pelo fato de ter se tornado o primeiro trabalho que assisti de Sergio Leone. Não é aquele tipo de coisa extremamente magnífica, mas podemos considera-lo como um ensaio para o que viria depois em toda a filmografia de Leone...



Joker: Comicidade de boa qualidade no velho-oeste!


Il mio nome ès Nessuno | Tonino Valerii | 1973

Como uma forma de descontrair a seriedade dos outros filmes de faroeste, o ex-assistente de Leone acerta ao realizar "Meu Nome é Ninguém", criando um daqueles filmes pastelões que conseguem nos sacar algumas risadas e nos apresentar uma história sem o mínimo de conteúdo clichê. Com dois atores completamente divergentes (Henry Fonda e Terence Hill) é formada uma lenda poética na história do western.



A evitar:
Desculpem, pois não achei mais do que... Superestimado!

Django | Sergio Corbucci | 1966

Talvez o título para este clássico não fosse “A EVITAR”, porém é um filme que não me agradou e então o coloquei aqui. O motivo para isto talvez seja a grande expectativa que criei sobre ele e, no geral, apenas o final acaba por surpreender. Apesar de tudo, "Django" é um dos maiores símbolos do western spaghetti, mas que, infelizmente, não me agradou!

32 comentários:

  1. tomei um susto agora com o A Evitar, lita legal, e também comecei muito jovem a escrever no Faroeste em Geral, foi aos 15 e hoje tenho 18, e também meio que concordo com sobre o excesso de CGI;

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  2. De princípio, aqui vai outro "muito obrigado!" pelo espaço do blog dedicado à participação destas pessoas - jovens ou não.

    Em segundo, sobre o Django... Ah, Django! Como disse o Caio, também prevejo polêmica, mas... Fazer o quê?! Particularmente não gostei do filme, mais pelo fato de eu ter esperado muito dele e não ter suprimido minhas expectativas.

    Por último, digo (novamente!) que ele não está em seu devido lugar na categoria "A EVITAR"...

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  3. Poxa, tá certo q o filme não é lá essas coisas, mas ficar na categoria de A EVITAR, aí já é muito exagero. Mas gosto, cada um tem o seu e deve ser respeitado.

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  4. Antes de mais, agradeço ao amigo Bruno por ter participado nesta rubrica. A lista, de uma forma geral, não tem grandes surpresas exceto o filme a evitar, como é óbvio. Cada pessoa tem a sua visão mas para mim DJANGO é um filme genial! Arrisco-me a dizer que quem não gosta de DJANGO também não deve gostar muito de westerns-spaghetti porque esse filme representa na perfeição o subgénero!
    Mas cada um tem a sua opinião e isso é que vale...

    Quanto à questão do excesso de uso do CGI no cinema, a minha opinião é simples: bom cinema é feito por pessoas e não por computadores!

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  5. Por acaso não concordo que a lista do Bruno não traga grandes novidades, uma vez que inclui dois filmes menos conhecidos do grande público: "Lo voglio morto" e "Un dollaro tra i denti". Sobre estes dois tenho sentimentos bem diferentes, gostei bastante do primeiro mas o segundo pareceu-me uma reinterpretação da obra de Leone num ritmo a roçar o tédio. Poucas falas, muita música e em suma pouco interessante.

    De resto, eu até entendo a posição relativamente a "Django" que é um daqueles filmes que se por um lado não consigo dissociar do género raramente me apetece revê-lo. Acho até que quando o nome Django me vem à cabeça, são as cópias foleiras de Fidani e outros que me referenciam. Mas é claro que considerá-lo obra a evitar me parece um exagero, eu diria antes filme a ver sem expectativas utópicas.

    Ao Bruno um grande agradecimento pelo agradecimento e vamos esperar que o seu companheiro de blogue, Thierry Vasques, aceite participar na rubrica num dia destes.

    --
    Pedro Pereira

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  6. Pode botar no A Evitar se quiser, mas eu fiquei surpreso com a escolha, Emanuel, na minha opinião, o problema não é o CGI em si, e sim o uso dele para fazer filmes caça-níqueis, antes de mais nada, devemos lembrar que a trílogia clássica de Star Wars, são obras-primas e cheio de efeitos-especiais, mas que tem um bom roteiro, e com personagens insquecíveis.

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  7. Sem dúvida. Eu também gosto de ver um bom filme de efeitos especiais, adoro cinema fantástico em geral. Mas infelizmente a maior parte dessas produções usam e abusam desse malvado CGI, e história que é bom, nem vê-la!

    Felizmente George Lucas e companhia não se limitaram a fazer filmes com grandes doses de inovação tecnológica. O roteiro de cada um dos três filmes é fantástico e coeso, fico sempre sem saber qual gosto mais. Não obstante a mais recente trilogia da saga baixou a qualidade...

    --
    Pedro Pereira

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  8. Django tem tudo a ver com o gênero do spaghetti! Acho um dos filmes que mais o representam, aliás...

    A única coisa que quis dizer ao colocá-lo em "A EVITAR" foi o fato de o filme não ter me agradado. Com certeza todos deveriam ver Django, porém não com a mesma expectativa criada por mim!

    Finjam que o título no qual eu o coloquei seja "NÃO ME AGRADOU" e não "A EVITAR". Espero que todos entendam isto!

    (e vejam Django, claro!)

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  9. Parabéns Bruno pela sua rubrica! Você evoluiu tanto com suas críticas que agora até possui a honra de postar no maior blog de Faroeste do mundo. E todo nós, independente de sermos cinéfilos, ou não como eu, temos que respeitar a opinião de Bruno Barrenha, um grande interessado e conhecedor do, a grosso modo, Bang-Bang!

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  10. Boa noite a todos.
    Inicialmente eu gostaria de apresentar minha satisfação ao saber que Bruno Barrenha tem apenas 14 anos, um adolescente, e que já está se tornando um grande crítico de cinema e conhecedor do Western Spaghetti-isso está se tornando cada vez mais comum. Quanto à Django quando eu assiti pela primeira vez e foi na TV achei muito ruin, odiei aquela coisa de um forasteiro arrastando um caixão deserto à fora. Para mim não tinha nada a ver com faroeste.No entanto hoje eu o classifico como um dos melhores exemplares do gênero.Eu credito minha á época ao fato denão entender a estética do gótico e aquela coisa do homem que entera seu passado num caixão, purgando seu pecados para depois renascer novo das cinzas ou da lama (movediça diga-se de passagem).Nós devemos respeitar a opinião do garoto,a sua apreciação está de acordo com a percepção que ele teve, só não concordo em tê-lo classificado na categoria de A EVITAR.

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  11. Corrigindo o que saiu errado: Eu credito minha opinião à época ao fato de não entender a estética do gótico e aquela coisa do homem que enterr...

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  12. Só para que fique bem claro, quero salientar que neste blogue todas as opiniões são respeitadas e não existe qualquer tipo de censura!
    Ainda bem que há opiniões diferentes porque isso enriquece ainda mais o debate. Um dos pontos mais atraentes desta rubrica é que nunca haverá dois TOP 10 exatamente iguais.

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  13. Assino por baixo. Censura nunca mais!

    Queria deixar um agradecimento especial ao Leo Kepple Borba, que muito nos lisonjeia com a sua afirmação. Obrigado.

    --
    Pedro Pereira

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  14. Acho que o Leo Kepple Borba coloca-nos num patamar bem elevado! Tal como o meu sócio Pedro, agradeço a sua gentileza e envio um abraço!

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  15. Olá, pessoal! Primeiramente gostaria de agradecer pela visita ao Terra do Cult, e o comentário na postagem direcianda a Por um Caixão Cheio de Dólares, do Fidani. O blog de vcs já está na lista do Terra do Cult, adicionado! o/

    E quanto ao TOP: excelente a lista, mas acho que Django merecia seu lugar ao sol. É um dos meus favoritos. Mas percebi que a coisa aí foi bem pessoal.

    Ah, e Giù la Testa é um dos meus favoritos tb, e não vejo como chamá-lo de ''o mais fraco do Leone'' ou coisa do tipo, já que eu o acho, talvez, o segundo melhor do cara. De fazer chorar.

    Abração!

    http://terradocult.blogspot.com/

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  16. Estou escrevendo uma crítica de Django para este sábado, dia 15 de outubro. É também destinada a vocês, para saberem o motivo de eu ter o colocado como um filme que não me agradou. E, apesar de tudo, continuo batendo na mesma tecla ao dizer que ele não merece estar onde estar...

    Também não vejo o porquê de chamarem "Giù la Testa" como o mais fraco de Leone, porém é o que dizem por aí...

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  17. @ Victor:

    Obrigado pela visita e esperamos poder contar com os tuas opiniões no futuro. Estaremos também atentos ao teu novíssimo blogue, onde teremos com certeza muitas mais resenhas de filmes do género!

    @ Bruno:

    Parece-me uma excelente ideia Bruno, iremos todos conferir o texto!


    E aos dois recomendo o "Giù la Testa... hombre!" do velhaco do Fidani. Sim o titulo é completamente roubado a Leone, o filme foi inclusivé lançado com outro nome devido a processo movido por Leone e seus advogados. Polémica à parte, o filme é impagável!

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  18. Eheh, cá por mim achei muito interessante o Bruno ter colocado Django no "A evitar", é interessante porque abriu o debate no blog, e que me lembre não me recordo de uma discussão tão acesa como esta, acho que só por isso valeu bem a pena!
    Eu ao contrario do Bruno gosto muito da ideia do forasteiro a arrastar o caixão, mas compreendo bem a sua posição, e acho de coragem admitir que não gostou!!!É por isso que o mundo não tomba, porque cada um com os seus gostos e opiniões!

    Mas o meu comentário vai para "Un dollaro tra i denti", se há filmes em que a intensidade justifica a ausência de falas, e até mesmo de musica (como no caso do "Cemitério sem cruzes" ) neste filme não encontro justificação para tanta acção sem falas. Discordando do Bruno, acho-o uma seca com falta de fluidez na acção o que o torna monótono. A musica podia dar-lhe alguma graça mas é demasiado copiada do Morricone o que me irritou um pouco...

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  19. Como prometido, a resenha de Django: http://analisando-o-oeste.blogspot.com/2011/10/critica-django.html

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  20. @ Pedro:

    Bem, em resposta ao comentário seu na postagem do Terra do Cult, com o e-mail, envio-lhe o meu. Será um grande prazer contribuir.

    asonbro@gmail.com


    Abraços!

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  21. O Legal deste espaço criado aqui é que cada um que participa pode ser sincero com sua opinião mesmo sabendo que vão pendura-lo na ponta de uma corda por algumas discordancias consideradas até exageradas. Talvez meu amigo Bruno não goste do Django de Corbucci e passe a gostar do Django de sua geração que está nas mãos de Quentin Tarantino prometido ainda para este ano. "Django a Ressureição"

    http://bangbangitaliana.blogspot.com/search/label/Django%20Unchained

    O mais gostoso de tudo isso são as polêmicas criadas em torno de uma criação de 50 anos que vem encantando todas as gerações.
    Só temos que agradecer a estes jovens que começam a gostar disto e não se metam em outras encrencas com Xerifes na longa jornada no "Oeste Selvagem" de hoje.
    Bruno, gostei de sua participação que provocou também "O dia da Íra" saudável no meu grande amigo Aprígio Historiador.

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  22. Grande lista, é bom ver que alguem jovem gosta do Giu La testa, a revolução não tem idade.
    Quanto ao Django é só dos meus SW favoritos, mas por outro lado deu origem ao Django II.
    Pessoalmente a cena inicial do caixão acho faz parte do mito do SW como o trielo no cemitério ou a cena na Estação de Caminhos de Ferro, mas quem não gosta não é obrigado a gostar

    Abraços

    Vitor Louçã

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  23. Olha, olha quem está por cá. O nosso amigo do Porto Alto!

    Afinal ainda há futuro na juventude de hoje, hein?!

    Um abraço señor Vitor.

    --
    Pedro Pereira

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  24. Boa lista a do Bruno. Embora muitos de nós discordemos com o lugar que coube ao Django, todos respeitamos a escolha e a opinião dele. O mais bacana mesmo é ver tanta gente que gosta desses filmes maravilhosos trocando ideias e aprendendo juntos. Eu tenho aprendido com vocês e só posso parabenizar o Punhado de Euros por nos oferecer esse magníco espaço de diversão aprendizado.

    Abraço a todos

    LeMarc

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  25. Obrigado pelo comentário LeMarc e para Novembro também veremos por aqui os teus favoritos...

    --
    Pedro Pereira

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  26. Obrigado mais uma vez a E. Sanches. Ele Falou do "o Dia da ira " para se referir ao meu comentário sobre as preferências do Bruno Barrenha. Bem, o dia da ira é hoje. Não gostei do termo que ele utilizou para classificar "Por um punhado de dólares", repassando novamente sua lista. Ele refere-se como, "(...)apesar de ser uma cópia dscarada de Yojimbo." Não foi bem isso o que ocorreu,na verdade Leone partiu do mesmo argumento e roteiro,mas mesclou idéias do texto do livro "Arlequim,Servo de dois senhores" do escritor italiano Carlo Goldoni. A rigor ocorreu uma hibridização do roteiro de yojimbo com partaes da história de Arlequim.Observem que em Por um punhado... tudo é mais enxuto, mais econômico. leone enxugou os diálogos longos do filme de Kurosawa e a meu ver ficou melhor, com todo o meu respeito ao autor japonês.Inclusive acho filme de Leone melhor-apesar de todas as dificuldades que ocorreram. No sentido formal não existe cópia ou imitação, pois que a arquitetura do filme de Kurosawa é mais simples, mais consentânea com a forma clássica americana da qual ele era admirador;ocorrem alguns poucos close-ups, enquanto que no de Leone ocorre uma ênfase-inédita mesmo- constante nesse fundamento, exagerando de forma barroca no duelo final entre Ramón e Joe. O grande trunfo do filme do cineasta japonês está na história realmente engenhosa,mas a capacidade de Leone reprocessar o que já tinha sido feito não é desprezível, pelo contrário era algo que só se encontra em alguem muito seguro do seu talento. Ele reprocessou tudo que kurosawa fez plano a plano estabelecendo um novo estilo,único e inconfundível.É só colocar os dois filmes frente a frente.Não existe em Yojimbo aqueles planos angulosos,nuançados, como se existissem outros planos dentro deles e já carregando uma citação para o que vem depois, ou nos forçando a raciocinar sobre o que vem depois.Os verdadeiros gênios são assim, pegam tudo que já foi feito e fazem parecer totalmente original. A verdade é que em 1964 não foi feito nada comparável a esse filme e se leone tivesse realizado apenas ele já teria seu lugar na história do cinema mundial.Bem, de qualquer forma o espaço é democrático para o debate, e quando disse "o dia da ira é hoje.." foi só uma brincadeira. Apesar da discordância ainda assim respeito a opinião de Barenha.Quanto a "Giú la testa" concordo plenamente com ele.Considero o filme mais politicameante engajado do autor italiano e provavelmente o mais sério,sem contar o uso dos close-ups mais radicais e surrealismo abundante que ele realizou.

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  27. Sobre "Lo voglio morto" tambem escolhido po Bruno Barrenha, esperei um pouco para emitir meu comentário porque tinha poucas imagens do filme em minhas lembranças e asisti apenas uma vez com a imagem da TV trêmula (esse spaghetti parece que foi reprisado poucas vezes pela Tv. Revi agora em um DVD com a imagem em widescreen e digo que Barrenha fez uma grande escolha.Já tinha lido sua resenha do filme no seu blog "Analissndo o oeste", mas também não pude emitir opinião. De fato um dos raros spaghetti que melhor explora as côres em tons bege e amarelo do deserto de Almeria. É tambem um dos injustiçados junto com "I vigliacchi non pregano", "Bandidos" e "Django,il bastardo".Possue realmente falhas, mas não compromete o resultado final. Observem que a violência de Clayton contra os bandidos ocorre mais porque ele odeia a violência contra as mulheres. Uma violência com fumdameanto, apesar dos exageros dos muitos socos e tiros.

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  28. Mais uma vez digitei errado. Corrigindo o final: Uma violência com fundamento, apesar dos exageros dos muitos socos e tiros. Paolo Bianchini com esse filme deve entrar para o time dos grandes.

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  29. Também gosto desse filme. Excelente fotografia. Teve também direito a resenha aqui no blogue:

    http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2011/02/lo-voglio-morto-1968-realizador-paolo.html

    --
    Pedro Pereira

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  30. Mais de um ano depois da publicação de minha rubrica, cá estou de volta. Esperem, não quero causar polêmica!

    Apenas vi (e revi, vale a palavra) um pouco mais de películas do gênero e percebi a quantidade de filmes que desperdicei nessa lista. Claro que ainda passarei por muitas outras experiências, sobretudo devido à minha idade, mas gostaria de afirmar que, caso eu fizesse a lista atualmente, com certeza Django não estaria na posição que está.

    Devo lembrar, aliás, que ele só está como "A Evitar" pelo fato de não ter assistido, até então, filmes ruins do gênero - nem depois de tempos assisti a projeções gritantes -, mas em síntese, ele era um dos que menos gostei. Portanto, nessa rubrica, levem em conta a minha pouca bagagem. Sem dúvida, hoje, seria outro filme no lugar do clássico Django!

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    Respostas
    1. Olá Bruno!

      É perfeitamente natural que mudemos de opinião em relação a estas coisas. Eu próprio alteraria os meus 10 se fizesse a lista agora.

      --
      Pedro Pereira

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